quinta-feira, 12 de junho de 2008

Gabo para o Dia dos Namorados!

"Na distância anónima avistaram-se.
A rua vazia abriu-se para que dois estranhos trocassem o olhar. Entre eles havia o espaço de uma vida.
Entre eles ficara a saudade e a promessa de um beijo.
Fixados um no outro. Sem palavras. Atravessaram a multidão informe de corpos semi-quentes.
Sem porquê não se anularam.
Num pestanejar breve entre sístoles e diástoles finalmente caminharam juntos.
Que importava a dobra do universo?
As voltas cansadas da fita de Möebius?
Afinal não havia saída. Pertenciam-se.
Eram um para o outro tudo o que fazia sentido."
(O Amor nos Tempos do Cólera, Gabriel Garcia Marquez).
Presentão do dia dos namorados que me dou pela segunda vez.
Juro que dessa vez não empresto pra ninguém!
Egoísticamente meu!

terça-feira, 10 de junho de 2008

Bateu saudade, diletos...

Há um ano atrás eu me descabelava, mochila nas costas, rumo ao Rio de Janeiro.

Roendo as unhas, olhos marejados, ingressos há um mês comprados, atônita, para assistir ao show de despedida dos diletos do meu coração na Fundição Progresso.

Era eu uma das 15 mil pessoas que lá apareceram para deixar bem claro, caso eles não tivessem entendido, que não queria-se aquele adeus, que não engoliria-se fácil aquele papo de "recesso por tempo indeterminado". Mais explicado impossível, pois mesmo em caso de vista grossa, gritou-se muito, mas muito alto, pra ninguém dizer que não ouviu.

Não, não adiantava a voz mansa do Camelo, solenemente vestido para uma festa de despedida, a dizer que todo carnaval tem seu fim. E nem mesmo o Amarante fazer as dançinhas mais bonitinhas do mundo.

O show foi tão tudo, que à época sequer me atrevi a (d)escrever. Não dá. Só pra quem tava lá!

Ainda bem que aquilo tudo se passou no Rio, porque só mesmo o Rio pra possibilitar a catarse. Saí da Lapa e nem sofri. Era o Rio, foi proposital, com certeza!

E a despedida hoje faz aniversário. E a saudade bate na porta. Alguém responde?

Esperança, a última que morre. E no fim das contas, nem morre!



EM HIATO HÁ UM ANO, LOS HERMANOS DÃO PISTAS DE QUE PODEM VOLTAR

Cantor e compositor Marcelo Camelo prepara primeiro disco solo para agosto/setembro.Integrantes não descartam retorno, mas ainda fazem mistério em torno do assunto.
Lígia Nogueira Do G1, em São Paulo

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quarta-feira, 4 de junho de 2008

"Faz tempo que a gente cultiva a mais linda roseira que há, mas eis que chega a roda viva e carrega a roseira pra lá..."

"Tu + Eu = dominar o mundo em breve."

Foi o último recado que a Ana Amélia deixou no meu orkut.

A gente não tinha muita noção de como íamos fazer isso, mas eu confiava nela e sabia que ia dar um jeito. Nosso ponto de partida nesse WAR que eu ansiava era a América Latina, em dezembro, quando eu ia segurar a mão dela no show da Tia Madonna em Buenos Aires.

Nossas mães, comadres que só elas, contavam histórias de viagens que fizeram na juventude, e nós, com nossa fértil imaginação sobre as histórias impublicáveis das comadres, queríamos repetir o feito e, porque não, ir além!

A Ana dizia que a gente ia "encriquilhar" juntas, assim como elas (com todo respeito às nossas senhoras!) e que isso ia ser muito legal. E como poderia não ser??

Falei pra ela que ia fazer um contrato pra gente assinar. "Que contrato que nada, Maíra. Cospe aí na tua mão, eu cuspo aqui na minha, a gente finge que aperta as mãos e pronto." Eu adorei a idéia e topei na hora.

Mas Ana Amélia me pregou uma peça e foi embora... Nós não encriquilharemos (mas eu levarei esse verbo comigo pra sempre!) juntas e esse mundo já nem é tão atraente assim pra se querer dominá-lo.

Ela tem muita sorte de ser tão adorável que eu prometo me chatear só um pouquinho de levar o jogo sozinha. E me arrepender só um pouquinho por deixar pra semana que vem o post que nós escreveríamos juntas. E prometo também ficar só um pouquinho triste por ter tido uns 20 anos pra aproveitar a Ana e sentir que só aproveitei mesmo, daquele jeito que de se lambuzar, apenas 1.

Desse ano:

guardo a mágica daquele momento que nos fez estreitar os laços e apertá-lo como se fosse nó;

guardo a surpresa da Ana com a minha palavra de levá-la pra passear assim que chegasse em Belém;

guardo a grata descoberta das afinidades;

guardo os apelidos de cada dia e as infindáveis tentativas de criar um jeito só dela de rir no msn;

guardo as consultas amorosas, profissionais, musicais, literárias e metafísicas que fazíamos uma à outra;

guardo os trezentos percursos Ipanema-Copacabana/Copacabana-Ipanema que fiz ela fazer esbaforida, blasfemando e pedindo pelo frio e pela poluição de SP;

guardo todos os recados que eu mandei ela dar ao Amarante nos shows da Orquestra que ela foi e eu não fui;

guardo a maratona de teatro no Satyrianas que começou às 8 da noite e foi até às 6 da manhã;
guardo o humor dos meus sonhos;
guardo meu Círio em São Paulo com pastel de feira e caldo de cana;

guardo o título de ser sua talismã para conseguir homens bonitos;

guardo o sorriso mais gigante desse mundo;

guardo o Reveillon que eu passei sem enxegar porque a Ana Amélia perdeu as minhas lentes;

guardo as caretas mais fotogências que se pode imaginar;

guardo os litros de cafeína engolidos na Avenida Paulista;

e guardo tantas, mas tantas outras coisas que começo a repensar se foi só mesmo aquele cadinho de tempo que eu aproveitei a Ana Amélia.

A nossa sorte - nós que ficamos para jogar esse jogo sem a Ana - é que ela era mesmo muito intensa e espalhou nesses 28 anos um bocado dessas historinhas ímpares entre os sortudos que a tiveram por perto. E nada disso vai diminuir a nossa saudade, quanto a isso nem ouso eufemismos.

Fico com a lição da Ana que me mostrou, na letra do nosso querido padastro, que outro caminho não há, pois eis que chega a Roda Viva e...


Roda Viva (Chico Buarque)
Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu...
A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega o destino prá lá ...
Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...
A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir
Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a roseira prá lá...
Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...
A roda da saia mulata
Não quer mais rodar não senhor
Não posso fazer serenata
A roda de samba acabou...
A gente toma a iniciativa
Viola na rua a cantar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a viola prá lá...

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Saudades da minha voz...

Tenho uma rouquidão que já já estará fazendo aniversário de dois meses.
A da vez - é, porque tenho um vasto histórico de rouquidões - teve início antes da Semana Santa, num dia em que alguém teve a infeliz idéia de ter uma D.R. sobre o mundo, discutir o sexo dos anjos e de toda a humanidade, ao lado de uma caixa de som de uma banda de pop rock (com sósia do Paulo Ricardo e tudo!). Affe!
Fiz de tudo! Calar por um dia inteiro, dormir mais, cantar menos, não beber gelado, tomar própolis puro (a coisa mais amarga deste universo inteiro!) etc e tal.
Nada da voz voltar...
Eliminando todos os métodos alternativos, não restou outra alternativa senão marcar a consulta com um Otorrinolaringologista, palavra que adoro falar, mas que acabo de descobrir que escrever não é tão legal assim.
Enfim, já não dava mais para acordar Ana Carolina e no decorrer do dia me transformar na Miss Ceará. Era isso, ou me matricular num curso de libras!
Sei lá, eu só queria a voz da Maíra de volta!
Marcada a consulta, lá vai a rouca no otorrinolaringologista (que saudadede de falar!).
Entre fanhos e línguas presas, tipos de gente que me causa sensações das mais esdrúxulas, tipo fobia mesmo (ah, vai me dizer que não tem problemas com gago, anão, vesgo...), lá estava, crente que ia sair pela porta giratória rumo à rua com sua voz de volta, assim, tipo mágica.
Não só saio ainda rouca, mas também com uma ruga na testa só de pensar que vão enfiar uma câmera pelo meu nariz (ainda bem que algum antepassado negro fez com que ele não fosse assim apertadinho!) e filmar as minhas prega vocais em DVD!!!
É, tenho que levar um DVD + R, segundo a atendente da minha otorrinolaringologista, palavra que gostava (no passado!) de falar e que já venho criando uma certa antipatia.
É o que me aguarda: uma tal de Video-Endoscopia-Sinu-Nasal, outra dessas palavrinhas trava- língua que meus amigos fanhos e línguas presas devem fazer milhares de sessões de Fono pra conseguir pronunciar.

sábado, 12 de abril de 2008

"Será que ela vai continuar uma tradição? Será que ela vai modificar uma geração? Lá vem ela..." (Miss Brasil 2000-Rita Lee)


E por incrivel que pareça a noite anterior terminou com uma conversa sobre o Miss Barsil. É isso mesmo, você não leu errado!
Sabe como é...esses papos que surgem a gente não sabe de onde e nem entende o porquê, mas simplesmente surgem, não adianta negar e mentir depois dizendo que jamais perderia um minuto da vida falando sobre isso... enfim!
A verdade é que Srta. Camacho, amiga do peito apesar de membro da comunidade do Miss Brasil no orkut (falo mesmo!), ensinou-me até umas siglas. A Miss Pará, me explicava Srta. Camacho, tem tudo para ser MB (Miss Brasil), mas não adianta, não tem cara de MU (Miss Universo), e de que adianta ser MB se não for para ser MU????
Pior é que o assunto rendeu: beleza natural, plásticas, cores, rumores etc e tal. Hahahaha
No fim das contas, às duas da manhã ficou combinado o programa de domingo à noite. Nos reuniremos para assistir ao desfile, será o nosso Rainha das Rainhas Parte II, a MISSão!
Empolgado com a programação dominical, Sr. Malato, novo íntimo da Srta. Camacho e amigo incrível, apesar de exímio comentarista de Concursos de Miss, repassou-me um imperdível Raio X das moçoilas candidatas à MB e quiçá à MU! (Elas que façam oficinas de compreensão e não se aborreçam, porque a encheção de saco vem junto com a faixa, faz parte!)

Raio X do Sr. Malato, com as minhas prometidas ressalvas:
(Para ler acompanhando as fotos das candidatas no www.missbrasiloficial.com.br)

Começa com a Miss Acre: Archenar e seu lindo nariz de Fiona.... a do Shreck.
Eu pintava até ela de verde no Photoshop, sei lá...

Em seguida Miss Alagoas, que passaria despercebida, não fosse seu nome ser Williana. Dizem as más línguas que sua mãe é fã do William Bonner.
Pior é que acho que a mãe passou os 9 meses olhando a foto do Bonner, dá uma olhadinha a mais pra vê se a menina não lembra o maridão da Fátima!

Kamila Campos é a candidata do Amapá. Marrom. E isso basta.
O que é marrom? Quem te ensinou esse negócio de marrom, menino? Affe!
Achei ela bonita. Adorei o tom!


A miss gabrielle costa do Amazonas tirou as fotos com o maiô visivelmente folgado de sua avó, que já o usava em 1930
Ela foi criada pela vó, cooooom certeza!

Miss Bahia, DanieLLe Valadão. Não tenho nem palavras.
Realmente, MB GLBT. Preencheu o formulário errado, sem dúvidas...

Vanessa Vidal do Ceará, seria linda se não fosse estrábica e falastrona ao tentar subestimar a inteligência dos telespectadores com seu olhar fatal. ela é vesga mesmo!
Despeito, Sr. Malato! A menina é linda e seu olhar tem lá seu quê de fatal! Isso é preconceito com sotaque, hein!

Ludmilla Bastos do DF. Ou seria Roberto? no further comments
Ooooolha o Beto no MB! Um orgulho, menino!

Francielem Riguete do espírito santo. Nem DEUS pra te salvar maninha...
Ééé... nãoposso falar!

A Miss Goiás é bem honesta. Fica fora da minha lista. Vai para o top 10
É bonita mesmo, mas deve curtir uma música sertaneja, argh!

Já a do maranhão, Roberta Tavares. Deve ser amigo do Roberto. Inclusive seu nome de guerra no concurso é uma alusão ao nome real do amigo. qual será seu nome verdadeiro!?
Aaah, não acho! Gostei. Outro tom que me agradou.

Flávia Piana do mato grosso vai pro top 10 ao contrário de sua vizinha de estado Tainara Terena do MG do sul. ela deve ser filha da pajé zeneide silva com a bruxa má da branca de neve. só isso explicaria seu nome E/OU fisionomias estranhas.
Pois pra mim as duas podem voltar de mãos dadas para seus Grossos Matos. Falei!

Marina Marques de MG está no topo do top 10 não mais no topo que nossa miss pará, e suas fotos a nível de 'princesas da disney'.
É, não vai ser fácil nããão pra conterrânea aí tirar o bi-campeonato do MG de MG...

E o que dizer de Kaionara Walleska, Miss Paraíba??? acho que não tenho palavras tb olha. Só sei que ela saiu do baila de formatura de um filme da sessão da tarde. pronto falei.
Ué! Mas não é a Janice (by Friends)? "Oooooh myyyy God!"

A miss paraná vai pro top. mas provavelmente permanecerá lá.
Ai, não sei, fiquei com um pouco de medo dela. Toca na parede!

Michelle Costa, Miss Pernambuco...vai pra cademiaaaaaaaa
Bom,quando o assunto é Pernambuco, sou suspeita!

Marinna Paiva, Miss Piauí engoliu uma rolha na hora do ensaio fotográfico.
alguém ajuda a menina pelamordedeus!!!
Marinna passou na mesma fila do peito que eu, tadinha. E achei sacanagem darem um susto nela na hora da foto. Golpe baixo...

Camila Hentzy, Miss Rio de Janeiro já estava no top 10 antes de eu nascer. graças a Deus!
"Cariocas são bonitos, cariocas são bacanas..."

Andressa Mello, Miss Rio Grande do Norte, tem 9 graus de miopia. "Mas nada nem ninguém vai me impedir de ganhar este concurso". Disse a candidata falando com um cabo de vassoura que se encontrava encostado no canto palco à guisa de microfone.
Hhahahahahahahhaha

Natália Anderle, A miss Rio Grande do Sul é a cara da menina do 'Exorcismo de Emily Rose'. Mas tudo bem...ela é do RS e tem um ótimo maquiador! Vai pro top 10!
Bonita pra caramba. Se foi o maquiador ou não, não sei, só sei que funcionou!

Máira Mallmann, a Miss Rondônia se não fosse seu penteado à lá Sandy Olsson, imortalizada no filme Grease pela (já foi tarde) Olivia Newton-John, estaria no top 5.
"Tell me more, tell me more...". Sr. Malato, tenho certeza que colocaste ela no top 10 porque gostas muito do filme. Não tem outra explicação!

Emmylie Cruz, a Miss Roraima não pode ser culpada por seus olhos apontarem um para cada lado. "Lá em Roraima agente (sic) frita o peixe de olho no gato". Declarou a que tudo vê Emmylie.
Não vi olhos estranhos na moçoila, e nem nada de bom nem de ruim. De onde é mesmo a... esqueci o nome dela.

Gabriela Pinho, Miss Santa Catarina poderia se encaixar melhor no papel de "Garota Enxaqueca", afinal de contas só de olhar pra testa dela já começar a me dar uma dorzinha acima dos olhos...ah uma sessão de acupuntura.
Ela tem cara de fuinha, e não outro adjetivo que melhor se encaixe: cara de fuinha! mas quem disse que fuinhas nãopodem ganhar o Miss Brasil?

Miss São Paulo está no top 10.
Agree.

Ao contrário de Kary Borges, a Miss Sergipe. Dizem que ela ficou tanto tempo na posição das fotos que até hoje se encontra nesta exata mesma posição. para todo o sempre.
Se alguém não souber o que significa a palavra "tesa", só dar uma olhadinha na Miss Sergipe. Relaaaaaaaaxa, chuchu!

Pra fechar com chave de ouro, Kelly Aquino, a Miss Tocantins se esqueceu que a idade limite pra se inscrever no concurso era 25 anos. E seu maiô enrrolou nos arredores de sua florzinha, causando-LHE extremo desconforto na hora dos cliques e evidenciando sua cirurgia prévia do períneo.
Que d-e-s-a-g-r-a-d-á-v-e-l!

É isso. que a sorte esteja com a bruna porque enfim...não tenho nem palavras. mas seu tivesse, elas seriam: Bruna pode não ser MU, mas já é MB!
pronto falei


E pra não perder a oportunidade da homenagem: SALVE RITA LEE!

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Sim, somos felizes!


Houve quem se espantasse com a nossa felicidade.
Houve quem, por puro despeito, achasse assanhamento e essas coisas de menina.
Houve quem nela não acreditasse. "É farsa", diziam eles. "Por trás do sorriso escondem tristezas, não vê quem não quer!".
E houve quem conosco quisesse compartilhá-la, e foram bem vindos e capazes de sorrir o nosso sorriso.
Somos três, oito ou quinze destes sereszinhos sorridentes acompanhados de grandes amigos? Não importa, só importa que somos!
Aos capazes de nos entender, esses, muito bem quistos, convidamos-os para adentrar no nosso mundinho pintado de lápis colorido da Faber Castell.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Peraltices carnavalescas

Domingo de Carnaval, Rio de Janeiro - Capítulo 1


Amanheceu um dia tímido, sol escondido, nuvens atrapalhando o azul. Não era o cenário típico do dia maluco-colorido-folião que viria pela frente. E quem é que precisa de cenário extra quando se está no Rio de Janeiro, não é mesmo??
Um café com leite e um mixto quente rapidinho pra não perder mais tempo e rumo aos bloquinhos!
Ah, agregou-se uma Renata a mais, achada no calçadão de Ipanema, toda Rainha da Praia (rá!).
Devassa de Ipanema. Chopps ruivos, lógico. Um caldinho de feijão dividido por três (uma Maíra e duas Renatas, já disse.). Aqueles velhos planos de se mudar, aqueles velhos papos sobre futuro típicos dos que passaram dos 25, enfim, É CARNAVAL!
O Bloquinho se chamava "Que Merda é Essa?". Isso porque ele faz o caminho contrário ao do "Simpatia É Quase Amor" e como é muito menor que este, atrapalha e causa aquela expressão. Nem preciso dizer que o histórico do bloco logo nos conquistou.
E o samba do Bloco, o "Por que não te callas?"?!. Não tenho nem palavras, olha:
"Tú é muleke, muleke/É ACM esculachando o beuzebu
O nosso samba, antes que reclames/Não é pra ti, oh Piovani
Fraude no xixi, é treta Rebeca/Romário escondendo a careca
Mas se tomar o café do Dodô/Obina é melhor que o Eto'o
Boi-da-cara-preta na fazenda do Renan/Bota o Senado na cadeia ou no divã
Água sanitária no leitinho das crianças/CPMF já virou lembrança
Por quê no te callas?/É o que eu canto à beça
A gente se resolve é na conversa/Mas uma pergunta nunca falha: Que merda é essa?"
No meio de tudo isso, gravatas, perucas, narizes de palhaço e 3 skols por 5 reais, surge uma plaquinha alegórica do Bloco em nossas mãos: "Por que no te callas Galvão Bueno?". Hahahahahaha. Maior sucesso, muitas amizades feitas por conta do Seu Galvão.
E aí surge aquele espírito-de-porco-brincalhão que só precisava encontrar uma espírito-de-porco-brincalhona (eu!) com a notícia: "O Galvão Bueno tá num restaurante ali na esquina. Topa levar a placa lá?". Opa, ofereceu banana pro macaco né... Lá fomos nós!
Posicionado numa mesa estratégica, de frente pra rua, lá estava Galvão Bueno, tranquilo, almoçando. E começa a passar, de um lado para o outro, uma menina peralta com gravata e nariz de palhaço, com sua plaquinha: "Por que no te callas, Galvão Bueno?".
Muitos risos, muitos risos, muitas fotos, pouca vergonha (senvergonha!).
E uma salva de paaaaaalmas para as peraltices de Carnavaaaaaaaal.
Galvão, ufa, levou na esportiva. Riu, bateu palmas, até posou pra foto. Entendeu que era brincadeirinha de Carnaval.
Mas Seu Galvão, o Senhor sabe né? Toda brincadeira tem seu fundinho de verdade, sei lá...







quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

"Não me leve a mal, pois é Carnaval"


"Depois de sair nos principais jornais do Brasil e do mundo, o Filhos de Glande agora vai sair onde mais gosta: nas ruas de Belém.
Arre, finalmente o ano vai começar!
Já devidamente vacinado contra febre-amarela, o bloco carnavalesco cultura e anti-monotonia Filhos de Glande dá uma sambadinha, rodopia e avisa: 2008 só começa depois que as glandes passarem.
O circuncidado desfile do bloco é neste domingo, dia 27, com concentração a partir das 15 hs, na Praça do Arsenal.
Respeitado por ser um dos blocos mais antigos do carnaval paraense, com 1 ano de vida, o Filhos de Glande promete enlouquecer seus foliões com muita marchinha, frevo, samba e palavras de apoio.
(...)
Quem quiser comprar a cultuada camiseta do bloco, que custa 15 reais, tem que fazer correndo a sua reserva no e-mail
filhosdeglande@gmail.com. “As camisas estão lindas, estamos recebendo pedidos do mundo inteiro, pena que só sabemos falar português”, lamenta um dos membros."

Aprendendo a marchinha:

FILHOS DE GLANDE 2008

Vou entrar, entrar, entrar, ôôô
De cabeça na folia
Eu sou Filho de Glande, meu amor
Vou espalhar minha alegria
Hay que endurecer
E espantar o baixo astral
Até o Che Guevara (lá de cuba)
Vem pular o carnaval
A minha glande é popular
Você aí vem aqui brincar
A minha glande é popular
Você aí vem aqui brincar

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Coisas "do Belém" e suas meias-notícias.


Impossível outro título porque tem coisas que, sério (!), só acontecem em Belém.

Estamos naquele tal de inverno enquanto quase todo o resto do país está bombando no verão. Sim, lógico que nosso inverno não é lá nenhum inverno que se preze. A diferença é que agora chove o dia todo, e no verão chovia todo dia. Enfim!

Só sei que ligo a TV e o jornal local me apresenta uma matéria mais ou menos assim, acredite: o repórter estava na Presidente Vargas entrevistando as pessoas na rua sobre o frio (hahahahaahahahahah) que vinha fazendo em Belém neste janeiro chuvoso. E as pessoas todas contentes, adorando a novidade, falando deste querido frio, tirando suas jaquetas jeans e casaquinhos do armário e sei-quê-lá... E a matéria termina com a informação da temperatura: 24°, mas com sensação térmica de 22°!

Hahahahahahahahahahahahahaahah
Essa é só uma! Aí vem outro e me diz o seguinte: que um especialista em tráfego ou trânsito ou algo do tipo fez um diagnóstico tenebroso sobre Belém. Disse o rapaz que em pouquissimo tempo o trânsito da cidade vai parar. Ninguém conseguirá ir nem pra frente nem pra trás. Um caos.
Essa noooooooooooooooooova!
Eu que não sou especialista em coisa nenhuma já tinha cantado essa pedra há dois anos atrás. E já até vivi um dia desses, em que não se pode sair do lugar. E com o agravante da chuva. Quando se descobria uma brecha por onde o carro ainda conseguia se mexer, a rua estava completamente alagada.
Ah, gente, fala sério, o quadro do caos já está pintado faz tempo... Eu quero é borracha, solvente ou qualquer coisa do tipo.
Ou um carro anfíbio, ou um helicóptero... uma promoção da Gol ou da TAM pra respirar outros ares, vez em quando, também tá valendo, sei lá!

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Pós festejos...

Papo impagável de reencontro de amigas pós festividades. Obs: cheio de reticências e censuras para preservar a identidade da personagem, ok?

Amiga1: "Ah, amiga, pois é... to me sentido péssima, um nojo... É, fui praquela boate de sempre, encontrei o primo da fulana. Acabei ficando com ele. Tava muito bêbada, sabe como é né..."

Amiga2: "Mas e aí, foi bom? Tu te lembras né?"

Amiga1: "Cara, só sei que ele dormiu aqui em casa..."

Amiga2: "Ué, mas vocês já tinham ficado antes, não é?"

Amiga1: "Não, amiga, não. Coisa de bêbada... Enfim, to morta, acabada e me sentindo péssima..."

Amiga2: "Ah, cara, nada a ver te sentires assim, na boa. Todo mundo faz isso! Somos adultas, lembra? É que as vezes a gente esquece mesmo né? Eu esqueço um montão de vezes!"

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Coisas de anos ímpares

A menina tinha cisma com anos ímpares. Sempre esperava muito deles, sabe-se lá porque cargas d´água inventou essa história, mas esse papo de ano par era tudo muito redondinho e tal. Bom mesmo era ano ímpar, tudo muito mais louco, intenso, inesperado. E assim o foi. Tudo o que planejara em 2006 não se concretizara em 2007(!). Mas tudo mesmo!
Voltou finalmente pra terrinha e logo entrou em crise de ir embora de novo;
Namoro terminou (e o Los Hermanos também...), sofreu e se recompôs em uma velocidade e intensidade que nem conhecia em si;
Afroxou laços de antigas amizades e apertou nós duradouros de novas;
Casou casais de amigos, ao menos três;
Virou tia, ao menos de dois;
Ganhou a noite, arregaçou as mangas e foi se divertir, virou baladeira (oh!), amiga dos garçons e gerentes de bares da cidade;
Virou advogada (acredita?!), cheia de reuniões e "viagens" (Conhecendo o Pará) a trabalho;
O time empacou, as alergias explodiram, viajou pra caramba, efim... TUDO DELICIOSAMENTE AO CONTRÁRIO!
A menina muito agradece a 2007. Foi nada daquilo que ela esperava e exatamente o que ela precisava.

Ótimo pra começar o ano bem em paz com o que ficou pra trás. Filme baseada no livro do Marcelo Ruben Paiva que eu resumo, muito sem jeito, como uma história de alguém que viveu intensamente cada minuto da vida como se fosse o último! Feliz Ano Velho!

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Só pra deixar registradinho!

Desculpa
Você me diz que eu te olho profundamente.
Desculpa,
Tudo que vivi foi profundamente.
Eu te ensinei quem sou e você foi me tirando os espaços entre os abraços,
Guarda-me apenas uma fresta.
Eu que sempre fui livre, não importava o que os outros dissessem.
Até onde posso ir para te resgatar?
Reclama de mim, como se houvesse possibilidade de eu me inventar de novo.
Desculpa, desculpa se te olho profundamente, rente à pele.
A ponto de ver seus ancestrais nos seus traços,
A ponto de ver a estrada antes dos teus passos.
Eu não vou separar minhas vitórias dos meus fracassos!
Eu não vou renunciar a mim; nenhuma parte, nenhum pedaço do meu ser vibrante, errante, sujo, livre, quente.
Eu quero estar vivo e permanecer te olhando...profundamente!

Show no Hangar. Belém, 06/10/2007.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Sobre labirintites, terremotos e a cobra grande.



...Sabe aquele senhor autista que ficava na esquina da TVA (Magalhães Barata com a 9 de Janeiro) olhando as TVs pela vidraça e se balançando pra frente e pra trás? Pois é. Era essa a sensação do meu corpo. Mas eu olhava pra ele e tava tudo tão paradinho!
Achei que era algum problema nas minhas lentes, não temos mesmo uma realação muito amigável e eu já estava com ela há alguns dias, era bem provável uma dorzinha de cabeça ou uma tontura. Aperto forte os olhos. Nada. Continuo autista, pra frente e pra trás.
Olho pros objetos: computador, telefone, caderninho de anotações. Tudo parado, quem se mexe sou eu, pra frente e pra trás, mas não é possivel! Se bem que com tantos anos de som alto nos ouvidos não acharia nada impossível ter adquirido uma labirintite pra minha vida, sei lá!
Olho pra colega ao lado: "Acho que estou com labirintite...". Colega ao lado responde: "Sabes que já ia te dizer que estou com a impressão que vou desmaiar...".
Caiu a ficha! Não éramos nós que balançávamos, era o prédio!!
Gritarias. Correrias. "Deixa tudo ligado". "Deixa tudo aberto". "Mas são 15 andares!" "Tira o sapato que não vai dar tempo!".
Definitivamente tenho fôlego suficiente para a prova prática da Polícia Federal. Sou a primeira a chegar lá embaixo. Vejo um bando de zé olhando pra cima pra ver se o prédio vai cair na cabeça deles. Affe!
Corro em direção ao meu carro, afinal de contas eu ainda não estava salva, tinha certeza que o prédio ia tombar pra trás e era ali, atrás, que estava estacionado o Chevete (apelido carinhoso!).
Ligo pro chefe que estava são e salvo no aeroporto de Brasília: "Cheeeefe, o prédio tá caiiiiiindo!". Ele diz entre um gole e outro de um chopp, com a serenidade de quem está bem longe "Mas era só o que faltava acontecer!!!! Vá pra casa e me informe de tudo!"
Ligo pra mamãe, vai que sai algum plantão no jornal e ela assiste o prédio que a filhinha dela trabalha desabando... "Mãe, o Infante de Sagres tá balançando, acho que esse negócio vai cair... Mas eu tô bem, já estou no carro indo pra casa, não te preocupa". Resposta inesperada de mãe: "Hahahahahaha. Mas tu tens cada uma! Depois eu falo contigo que estou em uma reunião" . Éééé, deixa, queria só ver a cara dela quando visse a cena do prédio caindo na televisão...
Sã e salva, suada e nervosa, chego em casa e corro à internet a saber o que houve. Telefones tocam, notícias chegam, muitas labirintites e tonturas pela cidade inteira. Foi um terremoto. Láááá na Martinica. Meu prédio não caiu. Ufa!
"Chefe, o prédio não caiu, foi só um terremoto..."
"Ok. Então a audiência amanhã às 9 da manhã está de pé!"

Obs: Preciso registrar a opinião de minha amiga paraense porém habitante de sumpáulo: "Que terremoto, menina? É a cobra grande que ficou revoltada com esse papo de prender mulher junto com homem, resolveu se mexer e desabar tudo nesse Estado!"

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Aos afilhados, com muito amor.


Casei meus segundos afilhados. Vi e Jô. Ternura que transborda. Aproveite quem estiver por perto deles pra se benefeciar. Eu, ufa(!), estou bem do ladinho, sempre que possível, e garanto que faz um bem...

O Vivs é um amigo que eu roubei - melhor crime que eu poderia cometer! De sentar no bar, de falar besteira, de falar dos outros e até de filosofar. Meu fotógrafo aposentado preferido, meu companheiro de angústias azulinas, minha leal companhia num show atrasadíssimo do Los Hermanos... Devolvo de jeito nenhum, pronto, falei!

A Jô é uma amiga que o destino tenta pôr na minha vida desde criancinha, mas só agora, ufa de novo (!), nos abraçamos enfim. Sorte que amizade é uma coisa que retroage, e essa deve ser a explicação de parecer que ela é minha amiga há uns 20 anos, desde o Sinal Verde, na creche, quando não havia ainda nem um sinal de Vivs.

Olhos marejados quando me convidaram pra ser madrinha no casamento mais encantado do mundo: em frente à praia, jardim, All Star Azul, Amor I Love You, flores no cabelo, amigos, muitos amigos... Olhos marejados o tempo inteiro!

Não me arrependo da descabelante idéia de providenciar um quebra-cabeça de Vi e Jô para ser montado pelos padrinhos, não me arrependo da cola (todos os tipos!) grudada sob as unhas, da falta de sono e tudo mais. Não havia como melhor retratar a alegria de ser parte na união de Vi e Jô e era, ainda, nosso recadinho dizendo que, sim, estaremos sempre por perto...

E não tem nada de altruísta nisso, coisa nenhuma! Sempre por perto, mas para se aproveitar daquela ternura transbordante que vem de Vi e Jô.

Desejo aos meus afilhados que esse encantamento perdure a vida, que essa ternura transborde aos montes, que a casinha tenha a alma Azul da cor do All Star e esteja sempre florida e perfumada das Gérberas que todos os dias, em pensamento, enviarei a Vi e Jô.


Ah, afilhados, não esqueçam de prestar bem atenção, todos os dias, ao acordar. Ouvirão aquelas musiquinhas, sim, ouvirão. Porque o amor é filme e todo filme tem trilha sonora...

"Estranho seria se eu não me apaixonasse por você..." (All Star Azul)

"É um espelho sem razão. Quer amor? Fique aqui. Meu peito agora dispara, vive em constante alegria, é o amor que está aqui..." (Amor, I love you)

"O amor é filme, eu sei pelo cheiro de menta e pipoca que dá quando a gente ama... " (O amor é filme)

"Então os dois se acharam na escuridão. Ela com os pés no chão e ele não. Seu destino cego a lhes conduzir. Sua sorte à solta a lhes indicar um caminho. E dançavam lá em meio a tanta gente. Se encontraram ali..." (Balada para João e Joana)

"..."

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Animus Namorandi


Sei que minha profissão não é, nem de longe, das mais divertidas daquela listinha do “o que eu quero ser quando crescer”. Ser designer, jornalista, arquiteto, publicitário, psicólogo, ator/escritor/cantor/músico/bailarino, enfim, tudo e qualquer coisa é muito mais divertido do que ser advogado. Dizem...
Mas se tem uma coisa com a qual eu me divirto neste mundinho “Direito” – sem considerar o fato de ter que me dirigir a um senhor com um longo vestido preto, em pleno ano 2007, com a pompa de um “Pela ordem, Vossa Excelência poderia me conceder a palavra...” e outras coisitas do tipo – é com as Expressões em latim.
É! Porque eu não sei quem foi o espertinho que inventou essa história de que advogado além de falar difícil tem que saber latim!
Uma que gosto muito é o tal do “animus”. Para a propriedade, deve estar presente o “animus morandi”, para a posse, o “animus possidendi”. Para configurar o abuso, tem que provar o “animus abutendi”. Para incriminar o assassino, o “animus dolandi”, para o ladrão, o “animus furtandi”. E por aí vai... tem animus para coisas que nem se pode imaginar!
De qualquer forma, como só se consegue ler sobre Direito, sem dormir, até o 5º parágrafo (a não ser que se esteja estudando pra concurso ou para a prova da OAB!), vamos ao animus jocandi:
Na verdade o que me remeteu a tudo isso foi um bate-papo com um amigo, em um desses finais de semana malucos em que se marca balada com umas 3 turmas diferentes, torcendo pra dar certo com todas mas sem ter a menor idéia de como é que se vai fazer isso.
Enfim, os amigos mais antigos, aqueeeles da época em que fim de semana era cinema e pizza, casais jantando, joguinho na casa dos amigos etc., eles insistem sempre em perguntar: “ – E aí, já ta namorando? Não? Mas por quê??”
Ah, nunca acho os porquês adequados para a pergunta e me socorro no juridiquês: “– É que me falta o animus namorandi, sabe?”. Não sei ao certo se ele entendeu, mas não fez mais nenhuma pergunta, acho então que cumpri meu objetivo. Ha!
Passo o domingo pensando (é, domingos servem para isso!) que o animus namorandi faz muito sentido. Faz mais sentido do que todos os outros animus que eu já aprendi. É preciso muito ânimo, muita disposição, muita intenção pra começar um namoro, tudo de novo...
Me vem quase uma preguiça, só de pensar...juro!
Primeiro se apaixona (ou não, sei lá, eu, ao menos, nunca comecei por aí, mas...), aí depois vem aquele medo de ir adiante, de sofrer, de se decepcionar etc e tal. Daí vem aquela parte de conhecer alguém do zero, tudo de novo. E se deslumbrar, e se surpreender e depois se acostumar. Vem então o processo de passar o currículo pros amigos, apresentar, marcar saídas, torcer pela aprovação – porque os amigos precisam aprovar ou então vão acabar ficando de lado (é, amigos ficam de lado porque somos todos uns bobocas quando namoramos e se os amigos não são comuns...). Conhece família. E escolhe apelidos. E elege músicas. E planeja viagens...
Trabalheira danada! E vou parar por aí, na parte boa, no mar de rosas. Melhor ficar aqui pensando que namorar é bom. Quem sabe esse animus namorandi, assim, não me vem?

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Pra não dizer que não falei de gérberas...

“As gérberas diferem por suas flores grandes, bonitas e pela grande variedade de suas cores vibrantes, as gérberas são a escolha perfeita para expressar sentimentos de sucesso, embora o significado mais tradicional da flor gérbera, entretanto, são a beleza, inocência e pureza. Um bouquet de gérberas ou um arranjo de gérbera tornam o presente perfeito e com certeza iluminará o dia de quem o receber, seja um aniversário, casamento, sucesso em um novo emprego, entre outras ocasiões. Algumas dicas para presentear com flores:* Para Homens: Amarelo e laranja em especial arranjos de gérberas.”
(
http://blog.florencanto.com.br/category/tudo-sobre-flores/gerberas/)

E de repente decidiu-se que a pessoa mais “especial” do dia seria presenteada com uma gérbera. Uma gérbera dada a cinco pares de mãos e por decisão que havia de ser unânime! Lógico que este consenso nunca saiu e gérberas murcharam, se perderam ou foram distribuídas suas pétalas para não gerar maiores injustiças.
(Que o diga aquele rapaz de ombros largos que passeava pelo shopping Morumbi...)
No final das contas, gérberas ganharam um significado muito além! Prima do girassol e da margarida, acabou virando sinônimo de “suco de caju” (hahahahahahahah). Mas serve também para quando, simplesmente, se fica “sem palavras...”, ou ainda para ornar a mesa de um Círio muito especial, ido de isopor de Belém a São Paulo, e servido e orado lá nos Perdizes.
Enfim, Gérbera é a flor de Sampa. Gérbera é, simplesmente, “muita benção”!
Distribuo assim as minhas:

Uma gérbera à melhor companhia de viagens impensadas e impulsivas que se podia haver nesse mundo!
Uma gérbera à melhor anfitriã, que me recebeu no escuro e me acolheu como uma amiga de anos e anos, a quem eu pedirei a Dadá por todo o sempre!
Uma gérbera às melhores companhias, que me muniram das melhores piadas internas, me ensinaram a falar “gxeeeeente”, entraram descalças comigo na padaria às 8 da manhã saindo do Teatro Mars, atravessaram o canteiro da Berrini comigo pra não perder o vôo etc.
Uma gérbera aos meninos de Perdizes que, literalmente, receberam de portas abertas (e nunca mais trancaram)!

Tudo isso é mesmo muita benção, mas é que como Deus é o melhor amigo da Juliana, e a Juliana é minha amiga, acaba que sobram algumas coisas muito boas pra mim também!

É isso, gxeeeeennte!
Beijos, me liga!

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Surpreendentes Satyras!



E é mesmo verdade que as coisas despretensiosas acabam se mostrando sensacionais!
Foi assim, despretensiosamente, que topei fazer o programa que Ana Amélia escolhesse, numa sexta à noite, em São Paulo.
Foi sem entender direito o que era essa tal de “Satyrianas” que aceitei o convite pra ir à Praça Roosevelt – que a amiga me explicava ser algo parecido com a região da Riachuelo, mas que havia sido restaurada, apesar de ainda rolar uns suicídios por lá – onde teria não sei quantas mil horas de peças de teatro ininterruptas e cheia de uns barzinhos legais.
Bastou descer do carro pra começar a ter idéia de que aquilo era maravilhoso. Um monte de gente de todo tipo andando pela rua, pra lá e pra cá, sai dum teatro entra noutro, come um milho ali, um “dogão” acolá, esbarra em globais e se embasbaca com atores, diretores e autores até então desconhecidos.
E a rave de teatro começou muito bem. Depois da Chuva, do meu mais novo super-admirado Otávio Martins, é a coisa mais linda, delicada e nã nã nã que se podia ter escrito! Aquele texto que umedece os olhos do início ao fim, mas sem fazer chorar porque é muito mais que isso, sabe como é? Bom, eu sei...
Ah, e depois veio música na praça, algo que ia da Capoeira ao Arrasta Pé na maior naturalidade. E de repente se conhece alemães, e chilenos, e ruivos e lindos cabeludos. Fora as duas queridas do El Truco, com seus olhos borrados e coturnos modernos, a me fazer morrer de rir levantando a saia pra ganhar um global ou me acompanhando no “CarnaSatyrianas” que só terminou às 6 horas da manhã!
Faltam palavras pra descrever tudo como deveria ser descrito. Esquetes de piada, homenagens a Paulo Autran, um fantoche sem cabeça horripilante, uma peça de Zé Celso (claaaaaro que tinha nu!), um sósia de Móveis Coloniais, amigas se dando bem, tapas na cara às seis da manhã pra não perder um minutinho da peça mais tocante que fechou minha rave teatral com chave de ouro: Pilha de Pratos na Cozinha.
Sintam-se deveras beijados e amados todos aqueles que me proporcionaram essa noite!!!

domingo, 23 de setembro de 2007

Cordel do Fogo Encantado!!!! Salve Salve o Pernambuco!


Na Veia
Eu vou cantar pra Saudade
Com seu vestido vermelho
E a sua boca
Eu vou cantar pra Saudade
Descer na minha cabeça
E comandar sua festa
Aquele cheiro som imagem do teu corpo incendeia
E um rio carregado de saudade vem correr na minha veia
Na veia amor
Na veia
É como a luz da lua que atravessa a parede da cadeia
Clareia
Mais forte que o sol
Quando a Saudade chegar
Com seu batalhão de agitadores
Vou cantar
Aquele som da gente
Vou rasgar
O teu vestido novo

Domingo. Mais de 1 hora da manhã. African Bar. O cenário não é dos melhores, mas valeu muuuuuuito a pena passar a segunda feira caindo de sono. Cordel do Fogo Encantado. Diferente de tudo. Intenso. Performático. E, ainda por cim, COM SOTAQUE! Salve, salve o Pernambuco!

Desabafo


Bom, o fato é que eu não ando muito "de bem" com esta minha querida cidade.
Eu, que ja fui bairrista-chata, defensora mor do açaí-carimbó-tacacá-tucupi-égua-chuva-mangueira-etc., cansei. Quero mais!
Tô de mal com o calor, com a sujeira, com o engarrafamento, com a falta de educação, com a violência.
Tô de mal com as mesmices, tô de mal com a falta de esperança.
Tô de mal com quem governa, com quem canta e com quem dança.
Tô de mal.
Lógico que o amor não acaba assim, pá-pum, de uma hora pra outra.
Lá no fundo, ele ainda existe, cheio de expectativas de conseguir vir a tona novamente, de fazer vestir a camisa e carregar a bandeira.

Vamo lá, Belém, vamo lá! Reconquiste-me!