quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Pedidos vermelhos

Árvore dos pedidos. Círio 2009. Praça da Sé.

E eu achava que nem tinha nada a pedir.
Correto mesmo, seria agradecer.
Mas, ah, se a árvore é de pedidos, peçamos!
Esforço algum:
Foi o brilho do cetim vermelho alcançar meus olhos e desembestei a escrever em metros e metros de fita.
Nada me tira que foi o vermelho a despertar os pedidos.
Meus pedidos sempre tiveram tons azuis e vinham numa fila serena e organizada.
Os pedidos vermelhos, estes se atropelavam todos, escorregavam um por cima do outro no cetim, não ligavam pros borrões - eram todos igualmente urgentes.
Deixei lá. Todos lá.
Meus pedidos vermelhos espremidos de mim.
Porque tem mesmo sido a minha cor.
E o que em mim ainda não for vermelho, que passe a ser.
Porque é vivo, porque é alegre, porque é forte e porque é rebelde.
E porque de sangue azul, nada entendo. Sou mais a plebe!