segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Um quarto de vida e as suas rabugices.


Eis que chego ao meu quarto de vida (1/4 de vida!).
Não gosto dele.
Queria permanecer pra sempre aos 23, isso sim, idade boa.
Se bem que o Seu Google me disse que dia 20 de agosto é Dia da Infância. Mas do 20 de agosto eu gosto! Acho um dia preciso, forte, redondo.
Adoro ser leão com ascendente em escorpião, o que, aliás, é direito adquirido meu e não vai ter planeta novo e remanejamento de horóscopos que me tire isso. E tenho dito.
Problema mesmo é o 25. E pra esse, não tem jeito.
O Seu Google me conforta um pouco e me diz que Menino Maluquinho também está a completar seus 25 anos. E da mesma forma o CD, o Sambódromo do Rio de Janeiro e o Barão Vermelho!
Ah, tenho 25 anos. Acho que já tenho direito de ser rabugenta à vontade.
Não se trata mais de birra de criança ou chatice de adolescente.
Trata-se de rabugices de uma pessoas que já tem 25 anos. E pessoas com 25 anos podem ser rabugentas, sem maiores explicações.

Neste quarto de vida, posto uma música do Belchior, o que, aliás, é bem típico de pessoas de 25 anos.

À Palo Seco Belchior

Se você vier me perguntar por onde andei
No tempo em que você sonhava
De olhos abertos lhe direi
Amigo eu me desesperava
Sei que assim falando pensas
Que esse desespero é moda em 73
Mas ando mesmo descontente
Desesperadamente eu grito em português
Tenho 25 anos de sonho, de sangue
E de América do Sul
Por força deste destino
Um tango argentino
Me vai bem melhor que um blues
Sei que assim falando pensas
Que esse desespero é moda em 73
Eu quero é que esse canto torto feito faca
Corte a carne de vocês

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Sobre bolsas, bolsos e botões.


Estava eu aqui pensando com meus botões nos perrengues que nós, cidadãos da classe média brasileira, temos passado estes últimos anos. E lembrava pros botões o quanto já blasfemei, discuti, explodi, escrevi, desisti e encerrei esse assunto.
Meus botões, sábios como eles só, me disseram: "querida, o seu aperto encheu os bolsos daquelas figuras lá de cima; querida, o seu aperto deu migalhas ilusórias praqueles logo ali embaixo... enquanto isso você blasfemava, discutia e explodia,e pro seu bolso: nada! Faça como todo bom brasileiro e brinque com sua desesperança!".
Ah, botões, nem queria que fosse assim. Já não é o tempo de levar as coisas a sério, de lutar por um país melhor para todos? Já não é o tempo da interconectividade, da universalidade, não estamos todos interligados e todas essas coisas que nos levam a não olhar só para o nosso umbigo??
Ok, botões, ok, vocês venceram, já tive uma idéia. É bem pro meu umbigo mesmo, mas quem sabe se cada qual pudesse criar uma dessa pro seu não teríamos umbigos mais felizes...
No momento, e no contexto, o que eu estava precisando mesmo era de uma Bolsa-Concurso.
Ah, não é tão ruim assim! Afinal de contas, quando eu passar (ai, ai...) vou ou não vou trabalhar por este país??? Tá, no mínimo por este Estado ou por este Município dependendo da altura que alçarem estes meus vôos.
Cursinho pra concurso é caro demaaaaaaais.
As inscrições dos concursos são caras demaaaaaais.
Os livros que se tem que ler são caros demaaaaaais.
E viajar pra fazer as provas, hein, hein??? Não vou nem falar de viagens, aviões, passagens e aeroportos que aí já é demaaaaaaaais!
Daí, acaba que é preciso trabalhar o dia inteiro pra pagar o cursinho, as inscrições, comprar os livros e passagens nem que seja para provas aqui pelo Maranhão né... E qual é a hora do dia que se estuda????
O que eu sei é que, sem o Bolsa-Concurso, o país, os estados e os municípios podem estar perdendo pessoas interessadíssimas e interessantíssimas que poderiam estar estudando, cuca fresca, com um incentivozinho básico do Governo Federal... não?
E aí, botões, o que acharam?