sexta-feira, 30 de junho de 2006

Ano de Copa

Maíra e Naka assistindo o jogo na TV do porteiro


Será que as pessoas dos outros países curtem tanto o ano de Copa do mundo como a gente? Porque no Brasil, ano de Copa é ano de Copa! Não é ano de eleição pra Presidente, não é ano de desvendar escândalos de corrupção...É ano de Copa!
Pra se ter uma idéia de como funcionam as coisas, em meados de janeiro de 2006, quando se decidia que eu vinha passar 1 ano em Belo Horizonte, já pesava na balança o triste fato de que eu passaria longe dos amigos um ano de Copa!
Há 4 anos atrás nos reuníamos pra dormir na casa do Sávio, um monte de colchões epalhados sob vários amigos verdes e amarelos, esperando o despertador tocar às 6 da manhã (com a música da TV Colosso - coisas do Savio) pra escovar os dentes, lavar os rostos amassados e torcer para o Brasil!!!! Nossa, que ano de Copa!
Aqui, neste ano de Copa, por sorte já tenho muitos amigos. Nos unimos na saudade de casa e nas muitas afinidades e já somos uma boa torcida. Eles ainda se assustam porque as meninas sabem o que é impedimento, gol olímpico, que o Parreira tem que colocar o Juninho Pernambucano etc., mas acabam se acostumando até a final...
Claro que em ano de Copa, longe de casa, nem tudo se supera. Já há os amigos, é verdade, mas cadê o papai torcendo pra Argentina e a mamãe com o pescoço vermelho com uma bola branca no meio de nervoso??? Cadê a turma com as blusas todas iguais fazendo churrasco na casa do Vicente ou na casa do Sávio???
Mas o pior de tudo mesmo, é depois do jogo. A gente sai na rua lotada de verdes e amarelos animados e desconhecidos. Não encontramos ninguém!!! Tudo muito estranho pra quem a cada metro quadrado, na Doca, em Belém encontrava alguém e já ia gritando de longe e correndo pro abraço: BRAAAAASILLLL POR....!!!!!!!!!!!!!!
Inclusive já me preocupo com isso no dia da final (é, porque sou otimista e acho que o Brasil estará na final). Acho que vou combinar com os amigos para irmos todos separados e nos encontrarmos na rua, só pra ter aquela cena... Será que topam???

segunda-feira, 19 de junho de 2006

Pra Ela!!!


Ela nasceu. Gordinha, bochechuda e cor de jambo.
Ela era muito comilona. Na praia, devorava laranjas. E nos almoços, muita farofa. Peixe, ela só comia porque lhe disseram que se comesse carne branca, ficaria branca. Ela ainda não sabia da beleza de sua cor.
Ela era muito chorona. E seu choro tinha uma introdução de 5 minutos, os lábios inferiores ficavam indo e voltando (pra dentro e pra fora), esperando as lágrimas ficarem prontas e de repente...
Ela não saía da barra da saia da mãe. Pra ir pra escola, arrancava-lhe os cabelos (Ela foi pro psicólogo por causa disso). Em casa, usava as roupas dela pra imitar. Na brincadeira de bonecas, a Barbie sempre falava algo que havia escutado dela.
Ela imitava a Rosana cantando aquela música da novela Mandala, cheia de pose, caras e bocas. E de Rosana, muito tempo depois passou a ser Spice Girl.
Ela só se vestia de preto. E pintava mechas vermelhas no cabelo.
Ela não gostava do cabelo!
Ela só ia pra praia à noite. Ela não gostava de suar.
Ela estudou, em três anos, em três colégios diferentes. Em cada um, fez muitos amigos.
Ela entrou na fase do telefone, e nunca saiu. Só reveza, as vezes, com a internet.
Ela ia ser dentista, depois psicólogoa, depois nutricionista, depois arquiteta.
Ela faz Direito.
Ela cresceu. Ficou linda. O cabelo também cresceu. E ficou lindo.
Ela não é mais comilona. Há dias em que só come maçãs.
Ela tem o gênio do pai. Ela é muito fã da mãe. Ela é muito querida pelos dois.
Ela é hippie, cluber, patricinha, surfista etc.
Ela tem um mundinho particular.
Ela mora no seu quarto cor de rosa, embaixo do seu edredon cor de rosa, com o ar condicionado no mais frio possível.
Ela descobriu que tem 5 graus de miopia e passou a enxergar o mundo, nítido como ele é, só aos 18 anos. Ainba bem que ainda não tinha namorado.
Ela namora o Kevin Bacon. E ganhou de brinde toda a família dele.
Ela queima a testa com a chapinha.
Ela fica vermelha quando bebe.
Ela cai na rua (dos altos de seus saltos) e faz crateras no joelho. Ela põe um curativo e vai pro Pará-Folia.
Ela vira expert em um cantor um dia antes do show.
Ela chora bem menos que antes. Mas as vezes não sabe porquê.
Ela já bateu o carro em outro carro. E ganhou Feliz Natal da vítima.
Ela já bateu o carro sozinha. E ligou pra sua irmã lá em Belo Horizonte pra ajudar em sei lá o quê!
Ela não para de fazer amigos. Eles são muitos e leais. Ela tem sorte.
Ela é ímpar. Ela merece ser feliz.
Ela tem uma irmã que a observa aqui de longe (salve o orkut, o msn, o telefone). Que pede por ela todas as noites. Que torce por ela todos os dias. Que briga com ela, alguns outros. Que deseja muito que ela seja muito feliz.

quarta-feira, 14 de junho de 2006

Por acaso, uma boa ação. Pratiquem, dá sorte!

São Paulo, 04 de junho de 2006.

Olha só que programaço de domingo: show do Paulinho Moska, meio dia e meia, num shopping, ingresso 1kg de alimento. Espetáculo, não??!!
Chegamos no Shopping Frei Caneca, compramos nossos 2kg de arroz e começamos a busca pelo Paulinho Moska.
- Moço, sabe onde vai ser o show do Paulinho Moska??
- Paulinho Moska? É peça?
- Não, moço, é música.
- Ah, é uma banda?
- Não moço, é um cantor.
Procura-se Paulinho Moska desesperadamente. Nos sete andares do shopping. E nada.
Depois de muita pesquisa e uma ligação pra mãe da Renatinha lááááááá em Belém que viu pra gente na comunidade dele do orkut, percebemos: dia certo, hora certa, shopping errado. Puuuuutz!!! Digam aqueles que conhecem, não é algo típico de acontecer comigo e com a Renatinha???? Enfim. Já era o Paulinho Moska, e nós vagando no shopping com 2kg de arroz...
De prêmio de consolação, estava em cartaz no teatro de lá "O Pequeno Príncipe", que era uma das coisas que eu queria ver em SP, mas que não tinha se encaixado na programação. Bilheteria: "- Olha, a peça é 16hs, mas acabaram os ingressos. Talvez tenha uma sessão extra às 14hs porque tem muitas crianças que vieram e não conseguiram ingresso." Ebaaaaaaaaaaaaaaa!
A Mila, uma amiga da Renatinha ranzinza e muito divertida (que paradoxo não??) que acabava de conhecer e que ia pro show do Moska com a gente, soltou uma pérola que precisa ser registrada: "- Adoro o Pequeno Príncipe porque a Luana Piovanni ferrou o cabelo dela!!". Heheheheh. Mila não curte teatro, nem Luana Piovanni, e foi pro cinema.
Compramos nossos ingressos e assistimos a peça com nossos 2kg de arroz-da-sorte debaixo dos braços. O espetáculo é liiiiiindo, inclusive merece um post só pra ele, cheio de lembranças da infância, muito bom. No final, Renatinha ainda foi sorteada e ganhou um abraço do Pequeno Príncipe além de brindes (garrafinhas de refrigerante, boné e camiseta), um mimo, hehehehe. Imagino que as crianças do teatro não tenham gostado muito.
- Amiga, temos que doar esse arroz porque apesar de tudo, as coisas tão dando certo, acho que tá dando sorte!!
Na saída do shopping, doamos os 2kg de arroz a uma senhora que muito agradeceu e seguimos para a Vila Madalena, lugar onde Pequenos Príncipes perderam a inocência e tomaram chopps, como se pode ver na foto abaixo.
O programa da noite era no SESC-Pompéia, show Obra Viva Cazuza, com o tudo de bom Ney Mato Grosso. Lá fomos nós, eu Renatinha e Mila. Ainda do lado de fora, uma cartaz enorme: INGRESSOS ESGOTADOS.
Mas não pode ser! Não temos outra coisa pra fazer! Queria muito ver o Ney! E a sorte do arroz?????
O jeito era se conformar. As meninas foram comer batatas fritas enquanto eu pegava a programação dos outros Sescs pra ver se salvávamos minha última noite em SP. No caminho, uma rodinha de senhoras conversam sobre ingressos.
- Vocês estão vendendo ingresso?
- Estamos sim.
- Poxa, mas o problema é que eu preciso de três!
- Ótimo! Temos três pra vender! E ainda mais barato que na bilheteria!
Inacreditável. Cheguei com as meninas com os três ingressos na mão. E foi quando alguém (não lembro quem foi) soltou a segunda pérola do dia: "TÁ VENDO, É A BENÇÃO DO ARROZ!!!!"

quinta-feira, 8 de junho de 2006

Infinito Particular


São Paulo, o2 de junho de 2006 - noite.


Ansiedade, musiquinhas na ponta língua, super-binóculos-chinês a postos e rumo à Marisa Monte. Ebaaaaaaa!!!
Claro que no meio do caminho teve o lance da Renatinha que esqueceu a meia entrada e tivemos que voltar em casa (alôôw, é São Paulo: distâncias, engarrafamentos e tudo mais), e a Carol encarnou o Schumacher no volante, e quase a gente dá de frente com outro carro... mas isso foi só pra dar uma pitada de emoção, no final das contas deu tudo certo.
No CredicarHall, fomos encaminhadas a nossos "indevidos" lugares (a platéia superior) que realmente não é dos melhores, meio alto (bem que o papai me disse:"Menina, sobe no monte pra ver marisa"), mas de onde daria pra ver o show com tranquilidade, é o que importa. Pra fingir pra nós mesmas que somos chiques compramos uma garrafa de vinho (garrafinha, na verdade) pra tomar antes de começar. Foto. Lógico.
O show é maravilhoso. Meus agradecimentos à minha patrocinadora (viva a promoção!!!!) Tam Empresas Aéreas. Fico a cada música mais satisfeita de ter vindo. Com vontade de mais, mais, mais. Intimista, de fato. Mas nada que impeça os braços desengonçados da Marisa Monte se agitarem em uma música ou outra. Músicas que sempre quis ouvi-la cantar ao vivo: Segue o Seco, Maria de Verdade (já valeu a noite!), Alta Noite.
Como diz em Gerânio, é infinita, sensível, linda!
Encantamento. Penso que assistir a um show da Marisa Monte remete exatamente ao lugar que ela descreve em Vilarejo.

Vilarejo
(Marisa Monte, Pedro Baby, Carlinhos Brown e Arnaldo Antunes)
Há um vilarejo ali, o
nde areja um vento bom
Na varanda, quem descansa, vê o horizonte deitar no chão
Pra acalmar o coração
Lá o mundo tem razão
Terra de heróis, lares de mãe, paraiso se mudou para lá
Por cima das casas, cal
Frutos em qualquer quintal
Peitos fartos, filhos fortes
Sonho semeando o mundo real
Toda gente cabe lá, Palestina, Shangri-lá
Vem andar e voa...
Lá o tempo espera, lá é primavera
Portas e janelas ficam sempre abertas pra sorte entrar
Em todas as mesas, pão
Flores enfeitando os caminhos, os vestidos, os destinos e essa canção
Tem um verdadeiro amor
Para quando você for.

Quantas horas mesmo tem um dia????

São Paulo, 02 de junho de 2006 - dia.

Sono, muito sono. Frio, algum frio. Dinheiro, nenhum dinheiro.
Comprar um super bilhete único para fazer os 500 programas previstos pra hoje.
Sou a única pessoa que anda de camiseta nessa cidade. E a Renatinha a única que anda de sandália aberta e de salto alto.
Museu da Língua Portuguesa. Não queria ir embora nunca mais. Estava com saudades de lá antes mesmo de sair. Música, etimologia, jogos de palavras, Guimarães Rosa, dezenas de poemas escritos nas paredes, uma árvore construída de palavras. Nossa!
Descobri que Guimarães tem origem germânica (!), os portugueses se apropriaram. E descobri ainda que sabia quase todas as palavras do painel da origem Tupinambá, heheheheh. Orgulho de ser paraense!
Brincando de personagem, escolhi seguir a trilha do Riobaldo, do Grande Sertão Veredas, e tive que subir várias escadas íngremes para ler as suas mensagens(o que o meu "eu-macaca" adorou); Renatinha, escolheu Diadorin, mas teve dificuldades em ler todas as mensagens na água através de espelhos.
Foi difícil sair de lá.
Pinacoteca. Que chão vermelho mais legal! Fotos. Conhecemos as obras do Sr. Fúlvio Penacchi, um faz tudo. Auto-retratos, propagandas, projetos de tumbas, casas e cozinhas, afrescos etc. Era de fato "um mil e uma utilidades" este Senhor. Entrada rápida na sala do século XIX e sala do século XX. É um sentimento meio besta, mas dá uma sensação de participação no mundo quando olho pra obra e vejo que a assinatura é daqueles de que sempre ouvi falar ou li em livros: Portinari, Di Cavalcante etc.
Mas o tempo é curto, e chegou uma hora em que só topávamos olhar obras que tivessem banquinhos em frente, as consequencias das andanças davam sinal.
Praça da Sé. A quantidade de gente em pé fazendo nada me assustou. Não houve explicação que amenizasse. Este é um fato de SP que fiquei sem entender. O que fazem aquelas centenas de pessoas em pé, paradas, tipo poste, na Praça da Sé????? O único a fazer algo que identifiquei era um desses pregadores da bíblia, mas desses em que praça não há?
Igreja da Sé. Uma visitinha bem rápida à Aparecida. Foto (um cachorro amigo insistia em posar pra Renatinha, mas consegui me sobressair).
Páteo do Colégio. Segundo informações seria o lugar onde começou São Paulo. Todo o entorno é tão bonitinho, prédios clássicos, a Casa de Anchieta (um lugar bem parecido com aquele em que todo mundo pára na estrada de Salinas pra comer sanduíches naturais gostosos, esqueci o nome!) que é um refúgio de paz cheio de arvoreszinhas bem no centro de SP.
Mas o mais legal é o painel de impostos que dá pra ver de lá. Um painel eletrônico enorme, os números crescendo incessantemente, o que significa mostrar a quantidade de impostos que se paga só pra se indignar ainda mais sobre o quê se faz com eles.
O dia foi imenso. Turístico. Produtivo. Interativo. Cansativo.
Mas ainda há o motivo da viagem a SP. Marisa Monte.

quarta-feira, 7 de junho de 2006

O Fantaaaaaaaaaaasma da Ópera estáááááá....

São Paulo, 01 de junho de 2006.
Seguindo o programa de bolso do Renatinha, pela manhã passeios tradicionais.
Mercado Municipal. Lindo, limpo, e cheio de coisas gostosas. Pastel de bacalhau (segundo o papai, lá onde o André e a Júlia foram comer na novela... é, meu pai está viciado em Belíssima!). Sanduíche de mortadela (ou “mortandela”, segundo “os mano”), mas esse só pra olhar mesmo, porque, eca, dá nojo daquele treco. Queijos, muitos queijos (primadona e gorgonzola, hummmmm). Azeitona Argentina, tudo de bom. E a famosa cachaça canelinha que a Renatinha tanto falava... Muito doce.
Caminhada pela 25 de março. Puro cooper, porque comprar que é bom estava realmente fora dos planos. Os policiais passando por lá e os camelôs enrolando sei lá como as mercadorias embaixo do braço, são uma atração à parte. Segundos depois ta todo mundo no mesmo lugar, uma perfeita metáfora da fiscalização de tudo no Brasil. O mais interessante é que os vendedores dos shoppings (ou da China!) que são tão ilegais e cheios de contrabando quanto os camelôs, até acenam e mandam beijinhos pros policiais... vai entender!
A compra do dia: um binóculo para assistir a Marisa Monte. Paciência, só conseguimos comprar ingresso para a platéia superior na qual, segundo a comunidade dela no orkut, só dá pra ver um pontinho branco vestido de preto e vermelho cantando. O binóculo chinês é um espetáculo, funciona como luneta, pois só dá pra enxergar se taparmos um dos olhos, uma beleza!
À noite, contrariando todas as desesperanças, conseguimos comprar ingressos para o Fantasma da Ópera para o mesmo dia, tudo bem que mais uma vez era platéia superior, mas enfim, já tínhamos nosso super-binóculo-chinês-pra-ver-com-um-olho-só que acabaria com esse problema.
Sobre a ópera, não há palavras suficientes pra dizer o quanto é linda. A produção é um espetáculo, figurino (e trocas de figurino), cenário (e trocas de cenário), atores/cantores etc. Fora que meu conhecimento leigo sobre a história do Fantasma estava completamente equivocado, ele não é exatamente o mocinho como eu achava (dããããã), mocinho é o Raoul, muito mais bonito por sinal, mas que cantava muito menos que o “Anjo da Música”.
Mas uma coisa marcou a noite. All I Ask Of You. A música mais conhecida da ópera. Na tradução deles, a música era mais ou menos assim:
Raoul:
Então diga que partilhará comigo um amor, uma vida
Permita-me te tirar desta solidãodiga que precisa de mim, com você ao seu lado
Aonde quer que você vá permita-me ir junto.
Christine, isso é tudo que te peço.
Christine:
Diga que partilhará comigo um amor, uma vida
Fale apenas isso e eu te seguirei
Porém, no entanto, todavia... Quem é que lembra que uma outra tradução dessa música embalava nossas salas assistindo a novela das 8??? Tieta!!!!! Era mais ou menos assim:
Ele:
Olha nos meus olhos, esquece o que passou.
Aqui neste momento, silencio ou sentimento.
Sou o teu poeta, eu sou o teu cantor
Teu rei e teu escravo, teu rio e tua estrada.
Ela:
Vem comigo, meu amado amigo
Nessa noite clara de verão
Seja sempre meu melhor presente
Vou contigo, seja aonde for
E onde estiver estou.

E foi assim que olhava pra Christine e pro Raoul, e me lembrava cheia de saudades de Maria Imaculada e Caaaaardo!!!!!

quinta-feira, 1 de junho de 2006

O primeiro dia

São Paulo, 31 de maio de 2006.

Quem me conhece sabe... tem coisas que só acontecem quando se está com a Renatinha!
Primeiro dia em São Paulo, sou recebida no aeroporto com uma programação "de bolso" por ela elaborada e personalizadíssima. Tanta coisa pra fazer que temo que tenhamos que apelar para cafeínas, ligadões ou redbulls para dar conta, não somos mais as meninas de outrora...
Mas vamos às bizarrices...
Rumo ao Parque Ibirapuera, passa por nós um andarilho com uma placa: PROCURO MEU IRMÃO, ELE É PORTUGUÊS. (...) Tudo bem, não era pra ser engraçado, o rapaz perdeu o irmão, tá sozinho no mundo etc. mas... não dá... muitos risos, muitos risos... E pra história não parar por aí, logo em seguida passamos por um Sr. que falava tantos "ora, pois", SÓ PODIA SER O IRMÃO!!!! Só não fizemos o reencontro porque isso é papel do Gugu ou daquele vocalista do Negritude Jr. que também tem um programa desse tipo aqui em São Paulo.
Chegando no Parque, somos abordadas por uma palhaça (isso mesmo que você está lendo, uma plahaça!), a Guigui, que queria que nós parássemos 10 minutinhos pra fazer uma avalição física "gratuíta" (com acento mesmo no i), afinal (você não sabia???) hoje é DIA INTERNACIONAL DA AVALIAÇÃO FÍSICA!!! E a deselegante da Renatinha pergunta se aquela barrigudice dela era padrão... a Guigui estava grávida, Renatinha. Quanto aos outros palhaços, a Guigui explica: a barriga deles é lombriga mesmo!
Museu de Arte Moderna (MAM). Entrada R$ 5,50. Putz, não temos dinheiro. Senta-se no chão, en frente à porta de entrada do Museu, e conta-se moedas, muuuuuuuitas moedas, até que deu. Depois de ver toda a nossa humilhação, a moça da entrada nos diz "Hoje a exposição é gratuita", tudo bem, pelo menos dessa vez foi sem acento no "i".
Tratava-se de uma exposição do Volpi. "A música da cor". Muitas bandeirinhas. Bandeirinhas em tudo. Só bandeirinhas, fachadas com bandeirinhas, mastros com bandeirinhas... Chegamos à conclusão de que realmente o rapaz tem algum trauma de infância do dia de São João. Será que ninguém tirou o pobrezinho pra dançar na quadrilha e ele sempre ficava pra fazer a dança da vassoura????
Gracinhas e bandeirinhas à parte, curtimos a exposição. Vamo pra casa que amanhã tem mais.