quinta-feira, 8 de junho de 2006

Quantas horas mesmo tem um dia????

São Paulo, 02 de junho de 2006 - dia.

Sono, muito sono. Frio, algum frio. Dinheiro, nenhum dinheiro.
Comprar um super bilhete único para fazer os 500 programas previstos pra hoje.
Sou a única pessoa que anda de camiseta nessa cidade. E a Renatinha a única que anda de sandália aberta e de salto alto.
Museu da Língua Portuguesa. Não queria ir embora nunca mais. Estava com saudades de lá antes mesmo de sair. Música, etimologia, jogos de palavras, Guimarães Rosa, dezenas de poemas escritos nas paredes, uma árvore construída de palavras. Nossa!
Descobri que Guimarães tem origem germânica (!), os portugueses se apropriaram. E descobri ainda que sabia quase todas as palavras do painel da origem Tupinambá, heheheheh. Orgulho de ser paraense!
Brincando de personagem, escolhi seguir a trilha do Riobaldo, do Grande Sertão Veredas, e tive que subir várias escadas íngremes para ler as suas mensagens(o que o meu "eu-macaca" adorou); Renatinha, escolheu Diadorin, mas teve dificuldades em ler todas as mensagens na água através de espelhos.
Foi difícil sair de lá.
Pinacoteca. Que chão vermelho mais legal! Fotos. Conhecemos as obras do Sr. Fúlvio Penacchi, um faz tudo. Auto-retratos, propagandas, projetos de tumbas, casas e cozinhas, afrescos etc. Era de fato "um mil e uma utilidades" este Senhor. Entrada rápida na sala do século XIX e sala do século XX. É um sentimento meio besta, mas dá uma sensação de participação no mundo quando olho pra obra e vejo que a assinatura é daqueles de que sempre ouvi falar ou li em livros: Portinari, Di Cavalcante etc.
Mas o tempo é curto, e chegou uma hora em que só topávamos olhar obras que tivessem banquinhos em frente, as consequencias das andanças davam sinal.
Praça da Sé. A quantidade de gente em pé fazendo nada me assustou. Não houve explicação que amenizasse. Este é um fato de SP que fiquei sem entender. O que fazem aquelas centenas de pessoas em pé, paradas, tipo poste, na Praça da Sé????? O único a fazer algo que identifiquei era um desses pregadores da bíblia, mas desses em que praça não há?
Igreja da Sé. Uma visitinha bem rápida à Aparecida. Foto (um cachorro amigo insistia em posar pra Renatinha, mas consegui me sobressair).
Páteo do Colégio. Segundo informações seria o lugar onde começou São Paulo. Todo o entorno é tão bonitinho, prédios clássicos, a Casa de Anchieta (um lugar bem parecido com aquele em que todo mundo pára na estrada de Salinas pra comer sanduíches naturais gostosos, esqueci o nome!) que é um refúgio de paz cheio de arvoreszinhas bem no centro de SP.
Mas o mais legal é o painel de impostos que dá pra ver de lá. Um painel eletrônico enorme, os números crescendo incessantemente, o que significa mostrar a quantidade de impostos que se paga só pra se indignar ainda mais sobre o quê se faz com eles.
O dia foi imenso. Turístico. Produtivo. Interativo. Cansativo.
Mas ainda há o motivo da viagem a SP. Marisa Monte.

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