segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Pra não dizer que não falei de gérberas...

“As gérberas diferem por suas flores grandes, bonitas e pela grande variedade de suas cores vibrantes, as gérberas são a escolha perfeita para expressar sentimentos de sucesso, embora o significado mais tradicional da flor gérbera, entretanto, são a beleza, inocência e pureza. Um bouquet de gérberas ou um arranjo de gérbera tornam o presente perfeito e com certeza iluminará o dia de quem o receber, seja um aniversário, casamento, sucesso em um novo emprego, entre outras ocasiões. Algumas dicas para presentear com flores:* Para Homens: Amarelo e laranja em especial arranjos de gérberas.”
(
http://blog.florencanto.com.br/category/tudo-sobre-flores/gerberas/)

E de repente decidiu-se que a pessoa mais “especial” do dia seria presenteada com uma gérbera. Uma gérbera dada a cinco pares de mãos e por decisão que havia de ser unânime! Lógico que este consenso nunca saiu e gérberas murcharam, se perderam ou foram distribuídas suas pétalas para não gerar maiores injustiças.
(Que o diga aquele rapaz de ombros largos que passeava pelo shopping Morumbi...)
No final das contas, gérberas ganharam um significado muito além! Prima do girassol e da margarida, acabou virando sinônimo de “suco de caju” (hahahahahahahah). Mas serve também para quando, simplesmente, se fica “sem palavras...”, ou ainda para ornar a mesa de um Círio muito especial, ido de isopor de Belém a São Paulo, e servido e orado lá nos Perdizes.
Enfim, Gérbera é a flor de Sampa. Gérbera é, simplesmente, “muita benção”!
Distribuo assim as minhas:

Uma gérbera à melhor companhia de viagens impensadas e impulsivas que se podia haver nesse mundo!
Uma gérbera à melhor anfitriã, que me recebeu no escuro e me acolheu como uma amiga de anos e anos, a quem eu pedirei a Dadá por todo o sempre!
Uma gérbera às melhores companhias, que me muniram das melhores piadas internas, me ensinaram a falar “gxeeeeente”, entraram descalças comigo na padaria às 8 da manhã saindo do Teatro Mars, atravessaram o canteiro da Berrini comigo pra não perder o vôo etc.
Uma gérbera aos meninos de Perdizes que, literalmente, receberam de portas abertas (e nunca mais trancaram)!

Tudo isso é mesmo muita benção, mas é que como Deus é o melhor amigo da Juliana, e a Juliana é minha amiga, acaba que sobram algumas coisas muito boas pra mim também!

É isso, gxeeeeennte!
Beijos, me liga!

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Surpreendentes Satyras!



E é mesmo verdade que as coisas despretensiosas acabam se mostrando sensacionais!
Foi assim, despretensiosamente, que topei fazer o programa que Ana Amélia escolhesse, numa sexta à noite, em São Paulo.
Foi sem entender direito o que era essa tal de “Satyrianas” que aceitei o convite pra ir à Praça Roosevelt – que a amiga me explicava ser algo parecido com a região da Riachuelo, mas que havia sido restaurada, apesar de ainda rolar uns suicídios por lá – onde teria não sei quantas mil horas de peças de teatro ininterruptas e cheia de uns barzinhos legais.
Bastou descer do carro pra começar a ter idéia de que aquilo era maravilhoso. Um monte de gente de todo tipo andando pela rua, pra lá e pra cá, sai dum teatro entra noutro, come um milho ali, um “dogão” acolá, esbarra em globais e se embasbaca com atores, diretores e autores até então desconhecidos.
E a rave de teatro começou muito bem. Depois da Chuva, do meu mais novo super-admirado Otávio Martins, é a coisa mais linda, delicada e nã nã nã que se podia ter escrito! Aquele texto que umedece os olhos do início ao fim, mas sem fazer chorar porque é muito mais que isso, sabe como é? Bom, eu sei...
Ah, e depois veio música na praça, algo que ia da Capoeira ao Arrasta Pé na maior naturalidade. E de repente se conhece alemães, e chilenos, e ruivos e lindos cabeludos. Fora as duas queridas do El Truco, com seus olhos borrados e coturnos modernos, a me fazer morrer de rir levantando a saia pra ganhar um global ou me acompanhando no “CarnaSatyrianas” que só terminou às 6 horas da manhã!
Faltam palavras pra descrever tudo como deveria ser descrito. Esquetes de piada, homenagens a Paulo Autran, um fantoche sem cabeça horripilante, uma peça de Zé Celso (claaaaaro que tinha nu!), um sósia de Móveis Coloniais, amigas se dando bem, tapas na cara às seis da manhã pra não perder um minutinho da peça mais tocante que fechou minha rave teatral com chave de ouro: Pilha de Pratos na Cozinha.
Sintam-se deveras beijados e amados todos aqueles que me proporcionaram essa noite!!!