quarta-feira, 25 de julho de 2007

Estes são personagens de uma obra de ficção, qualquer semelhança com a vida real terá sido mera coincidência... ou não!

PERSONAGENS DE UMA MINI-SÉRIE JULINA INESQUECÍVEL!


Caco.
Caco tem um super-poder, é um dos homens mais engraçados do mundo! Isto faz com que Caco tenha uma única contra-indicação: ele causa uma tremenda dor mandibular em seus companheiros apesar de sua agradabilíssima companhia.
Caco gostaria de ser feio. Não é tarefa fácil, pois Caco tem charme, olhos verdes e é carioca (!). Caco, insistente, não faz a barba e nem corta o cabelo. Há quem diga que tudo isso não passa de Caco tentando fazer tipo, já que, no fim das contas, Caco engrossa o coro do “Gente Feiosa, Enforcai-vos!”. Caco, munido de seus super-poderes, enfrentou em região longínqua do país o vilão mais temido, o senhor dos pântanos, o Lord Maniçoba. Mas deixou a luta com o Mr. Goma-de-Tacacá pras próximas aventuras, pois Caco é um super-herói de família.

Brida.
Brida é parente distante de Paulo Coelho. E esta informação é um furo de reportagem da Sra. Camacho, pois a vida de Brida é um mistério, são raríssimas as informações comprovadas sobre Brida. Sabe-se que Brida tem filho, marido e irmão (mas apenas o filho de Brida já foi visto pelos humanos). Há boatos de que o irmão de Brida tem sido leiloado pela cidade. Fora isso, seu endereço e seus celulares, muito pouco se sabe. Brida, tal como seu parente distante famoso, tem lá seus poderes mágicos. Brida, às vezes, acerta o futuro. Brida, às vezes, ouve vozes. Brida fabrica banhos e patuás. Mas como Brida é reservada, só faz isso pelos amigos, e não adianta insistir. Os amigos de Brida, aliás, são pessoas de sorte. Brida recheia a vida deles com o dom herdado da família Coelho. Brida sempre tem um “na margem do rio Piedra eu sentei e chorei” para dizer aos seus.

LeTícia.
LeTícia é um personagem que não vingou. LeTícia seria fruto de um amor entre Norte e Nordeste que se deu lá pelo Sudeste. O nome de LeTícia seria chamado sempre com um certo sotaque (note a caixa alta no T). Mas suas amiguinhas a chamariam sempre de mãnhinha (é, um outro sotaque). LeTícia seria uma menina sapeca e serelepe. Futura dançarina de frevo e carimbó. Futura fã de La Pupuña e Mombojó. Era Brida quem anunciava sua chegada. Mas foi uma Tia de LeTícia quem lhe deu mais crédito. Pena (ou sorte, não sei...) que a Tia de LeTícia a confundiu com uma barriguinha de cerveja.

Larry Cop.
Larry Cop é um personagem um tanto repetitivo. Tem uma história que insiste em ser recontada e recontada e recontada. Larry Cop é um pacato mineiro que resolveu ser polícia láááá (aqui) no norte do país. Larry Cop fez amigos um tanto peculiares pela região e, logo, Larry Cop se encontrou! Larry Cop faz jus a sua mineirice e bebe demais, seus amigos tupiniquins bem que tentam mas não o alcançam... aí passam a noite a repetir por aí a história de Larry Cop. Larry Cop é um personagem um tanto repetitivo. Tem uma história que insiste em ser recontada e recontada e recontada. Larry Cop é um pacato mineiro que resolveu ser polícia láááá...

Bruno, Pedro, Schummy, David, Lulu e Jack.
Tratam-se de Bruno Garcia, Pedro Mariano, Schummacker, David Blaine, Lulu Santos e Jack Johnson. Foram vistos nos últimos finais de semana na ilha de Maiandeua, ao norte do município de Maracanã, no Estado do Pará. Muito se discutiu na aprazível região se eram eles, de fato, ou não. De Pedro, tirou-se fotos. Bruno, fez apenas uma aparição rápida e logo sumiu. Schummy, um dos mais simpáticos da trupe famosa, inclusive foi visto no café da manhã, na Pousada da Chilena. David aparentou sérios problemas de comunicação, não se sabe se é a ignorância da língua portuguesa ou se é por ter a língua presa mesmo. Lulu, como sempre, hiper-ativo, fez jus a sua fama. E Jack... ah, Jack...

(...)

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Salinas? Nãããão. Algodoal???? Nãããão. Um final de semana em Belém sem defeitos e com trocadilhos!!


Depois de cogitar pôr na mochila dois biquines, uma toalha, quatro calcinhas, três vestidinhos, documento de identidade, alguns reais e ir pra Algodoal; ou acabar com os poucos reais que se tinha, pegar o carro, fazê-lo de nossa pousada, ter muita paciência pra dirigir no antes-durante-e-depois e ir pra Salinas... melhor decisão impossível: vamos ficar "no Belém"!

Choppinhos no Amazon Beer para brindar a tarde de sexta-feira, tangiroskas no Boteco para brindar a noite de sexta-feira, cerpinhas no balcão do Cosa para brindar o fim da sexta-feira... enfim, brindes sem fim! E ainda era sexta-feira!

Um final de semana como aqueles sonhos cheios de amigos, desconhecidos, cenas bagunçadas, cenas não terminadas, tudo misturado, coisas próprias em lugares impróprios, lugares próprios com coisas impróprias.

Depois de um bolão de "qualé a próxima música", um celular perdido, uma lasanha de espinafre, dancinhas frenéticas ao som de Village People, uma tentiva de bar que só tinha duas cervejas quentes, a noite acabou em frente à TV diante de um filmaaaaaaaço do Rei Roberto Carlos: "Roberto Carlos em Ritmo de Aventura" (não dá pra tecer comentários, só vendo!)

E surge a grande pergunta do fim de semana: qual das pernas do Roberto Carlos é a mecânica, a direita ou a esquerda??? Aliás, como haviam cariocas no recinto, a pergunta era: "a da essssssquierda ou a da outra exxxxxxtriemidade?".

Roberto, no filme, fez grandes estripulias! Fugiu dos bandidos pelas escadas do Cristo Redentor a mil por hora, "perna (veja, no singular!) pra que te quero"!!.

Por sinal, os cariocas do recinto eram The Feituosos: Caco Ciocler (Ramon), Flavio Silvino Loiro ou Isaac Hanson (Alan) e o Sombrancelhas (Andrei). Meninos fantásticamente engraçados que têm medo de maniçoba e que causam dor na mandíbula de tanto que fazem rir. Não é à toa que às 7 da manhã assistíamos TV Pirata tomando Cerpona...

Pra aguentar o resto do fim de semana: Piscina, uma boooooa dormida ao sol, um óóótimo (e em cavalar quantidade) bacalhau de almoço, outra dormida, Engov com sopa de carangueijo da Casa do Caldo e rumo à diversão na certa: Show do The Feitos no meu vizinho Armazém Sto Antonio. Tem coisa melhor: sair de casa sem carro e sem óculos??!!

Como esperado, gargalhadas e gargalhadas! Trocar o disco do João Gilberto pelo do Roberto, onde já se viu???? E a Emannuele, boneca inflável musa da banda, é o que há! E a colherada de maniçoba no meio do show?? E a galera delirando cantando Gente Feiosa! hahahahahahaha...

Salve, salve The Feitos!! Salve, salve fim de semana em Belém!! Salve, salve forasteiros do Brasil à fora!! Salve, salve sair de casa sem celular!! Salve, salve, domingo às 11hs da manhã!!


The Feitos - Gente Feiosa
Gente como eu não deveria ir a praia
É um insulto para quem todo dia malha
E que está a fim de se exibir
Gente como eu não deveria ir...
Gente como eu só serve pra comparação
O carinha que se acha vem com essa intenção
Se vira pra garota e diz a sorrir
Eu sou muito mais bonito que esse cara ali
Gente Feiosa, Enforcai-nos ...
Gente como eu escória de uma sociedade
É o cuspe encatarrado que é dado com vontande
É o que todos querem exprimir
Gente como eu é o que eu não quero aqui
Gente Feiosa, Decapitai-nos ...
Gente como eu não deveria existir, ficar dentro decasa e nunca sair iiiiii
Gente como eu é o que eu não quero aqui
Gente Feiosa, Enterrai-nos ...

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Piada interna é bom demais!



Maira diz:
Amiga, não quero mais PARATODOS, quero agora um PARAMIM, queres um PARATI também? Opa, Parati, FLIP, Nelson Rodrigues, Orquestra Imperial, vamo?
Renatinha diz:
Ai, muitas informações.
Renatinha diz:
Feioso acabou de entrar, não disse nem boa tarde.
Maira diz;
Viu? Precisamos de um PARAGENTE, urgente!
Renatinha diz:
não!!!!!!!!
Renatinha diz:
um PARAMIM e um PARATI
Maíra diz:
siiiimmmmm
Maíra diz:
lóóógico
Renatinha diz:
um PARAGENTE vai dar merda
Renatinha diz:
haiahiuahiauhaiuh
Meu nick: "Um PARAMIM, um PARATI, sem mais PARATODOS!!!"

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Os novos que me desculpem, mas amigo velho é fundamental! (Do aposentado "Quarto Azul")


Amigo bom, é amigo velho.
Não que não seja maravilhoso fazer amigos novos. Mas é que ainda tem tooooodo um procedimento complexo de compatibilização de gostos, aquisição de intimidade, construção de histórias pra contar, enfim, uma burocracia (que vale a pena, é claro, mas uma burocracia).
No quarto azul se reúnem amigas velhíssimas de tão velhas. Média de 15 anos de amizade, umas mais, outras menos.
Um milhão de causos entrelaçados, de risos exagerados, de choro compartilhado. E o bom amigo velho, adooooora repetir as histórias de antigamente. Como se não tivéssemos vivido todas tudo aquilo, repete-se tudo com todos os detalhes, e a sensação é de uma saudade boa e uma gratidão tamanha só por estar ali.
O amigo velho, ocorre com frenquencia, vai pra longe. Muda de cidade, muda de estado (civil), muda de país, muda de gosto, muda de humor...É o lado ruim do amigo velho, há que se fazer uma força estupenda pra não deixar os laços se afrouxarem. Acaba-se aceitando um namorado mala, acaba-se fazendo um programa de índio, acaba-se topando um papo estranho, acaba-se comprando uma passagem aérea. Por quê? Porque vale a pena.
Isso não é um manifesto contra as novas amizades, de jeito nenhum. Mas há melhor forma de fazê-las pegando emprestado e adquirindo dos amigos velhos? Duvido!
Meus velhos amigos, amo vocês.
Meus novos amigos,nos tornaremos amigos velhos.

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Rio Caravana Club S/A.


Quem vai pro Rio? Vixi! “Eu, tu, Tatu, Facu, Bacu, Bilu, Reco-Reco, Pé de Anjo, Chama-nome e Dá na mãe!” (By Jorginho).

Numa tarde qualquer, "emiéssiênicamente", eis que Renatinha e eu resolvemos jogar tudo pro alto, comprar passagens pro Rio (salve, salve a Gol!) e ingressos pro último show do Los Hermanos... ai, esse tristíssimo recesso por tempo indeterminado que eles inventaram e que, um dia, quem sabe, eu hei de superar!

Mas e o trabalho? Mas temos dinheiro? E onde vamos ficar?

É como eu disse, jogamos tudo pra cima e RUMO AO RIO!!

Grupo formado: Rio Caravana Club S/A (By Marcella).

Pode haver, contem pra mim, junção mais perfeita que essa?: Amigos, a banda dileta do meu coração, a Lapa, apartamento em Copacabana, sambão programado pro domingo... Não me venham dizer que eu sequer vou pra praia por estar fazendo 10º no Rio, puro despeito da metereologia que não, não vai nos abalar!

O planejamento deve ter durado mais de um mês. Alguns pularam fora, outros, muito bem-vindos e felizardos, pularam dentro. Uns já estão lá a me matar de inveja. Outros, os matarei eu, mais tarde, por chegar um dia antes.

A viagem já é depois de amanhã, que lindo! Mas um depois de amanhã que não chega nunca!
Vem logo, depois de amanhã, vem! Vem que quero pegar esses 10º no Rio, vem que quero andar de mãos dadas e de pileque com meus amigos pela Lapa, vem que quero comprar lenços pra chorar na frente do palco da Fundição Progresso, vem que eu quero ver o maaaaaarrrr!!!!!

É pouco tempo, de fato. Mas isso também não há de ser nada. Basta que sejam dias vividos intensamente, e isto eles serão. Estou dando tchauzinhos a Belém, em boa hora, alegre e saltitante. Tchau às minhas pendências e dependências, tchau trabalho, tchau problemas, tchau à minha vida de seriado da Warner... Estou indo curtir uns capítulos mais relax...

No máximo, quem sabe, posso pensar nos meus episódios num pôr do sol no Arpoador...

P.S. Queridos, se por um acaso acontecer de não mais voltar, não se preocupem, é porque provavelmente eu consegui o Amarante e terei 15 filhos ruivos e cariocas! Beijocas!

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Visita de Sophia.


Dia desses Sophia veio me visitar. Ela descobriu que o mundo não é cor-de-rosa, mas que também pode ser azul. Ela apertou meu dedo, puxou meu cabelo, babou em mim... mas desde entao quem baba por ela sou eu!

Sophia é minha primeira sobrinha, isso porque eu decidi que seria tia dela e ponto final. Ponto em seguida, aliás. A mãe da Sophia é minha primeira amiga que deu cria, com todo respeito.

Engraçado como a gente sempre acha que ainda não cresceu o suficiente pra ser mãe. Eu sigo pensando assim, e de quebra, ficaria sempre preocupadíssima ao saber da gravidez de qualquer das minhas amigas, "mas como pode? dia desses a gente tava dançando vestida de coelho ou gato de botas! dia desses a gente tava brigando no colégio porque a nossa equipe da ginkana foi passada pra trás!". Enfim. A verdade é que o tempo passou, a gente nem percebeu e já crescemos sim.

A mãe da Sophia, nossa, parece que nasceu pra ser mãe. São só 3 meses de maternidade e ela já leva o maior jetinho. Passou no período de experiência com louvor. Tudo bem que Sophia ajuda. É linda, sorridente, esperta, chora pouco e dorme muito. Mas ser mãe é ser mãe, não vem com bula e, como se sabe, não é nada fácil e nem é pra qualquer um.

Na visita da Sophia entendi porque tudo parece fácil e como se supera o medo. A resposta é o sorriso de Sophia, os biquinhos de Sophia, o sono tranquilo de Sophia. E entendi que a mãe de Sophia realmente nasceu pra ser mãe e nao tenho mais com que me preocupar.

Quanto a mim, por enquanto só sei que nasci pra ser tia, e aproveito pra convocar algumas amigas engatilhadas a fornecer meus sobrinhos assim que possível!

ATENÇÃO: Joanna, Naka, Ilce, Flávia, Gilda, Pâmela (viu, Jr.!) vamo lá meninas, tem uma tia aqui aguardando ansiosamente a fabricação dos moleques, hein!!!

P.S. Às amigas que não constam na lista, não se intimidem! Caso queiram me surpreender, fiquem bem a vontade, ok?

P.S.2. Marina, aqui só ta valendo sobrinhos nao sanguíneos, tá? To querendo ser tia, mas nem por isso quero matar a mamãe do coração, combinado?

É isso, gente. Recado dado. Tudo isso pela visita da Sophia.

terça-feira, 15 de maio de 2007

É Tudo Novo de Novo

Depois de meses e meses e meses, eis que me bate uma saudaaaade de escrever no Blog.
Mas deixei passar tanto tempo, aconteceram tantas coisas, inúmeras histórias que mereciam narração... Acabava que desistia de voltar, eram coisas demais por dizer.
Aí um dia parei pra ler os posts antigos e entendi o porquê de ter que voltar. Porque o Blog é pra mim! Contrariando a lógica do diário posto na internet, tenho certeza de que tudo o que aqui se escreveu não interessa, não diverte, não renova, não faz tão bem a outra pessoa que não seja eu!
As histórias que passaram sem registro, tento colocá-las aos poucos, mas tinha que voltar.
Será, provavelmente, um outro Blog, pois parece que vivo uma outra vida que não aquela de quando ele (Blog) nasceu.
BH é uma lembrança longínqua, não fossem os amigos feitos e as fotos impressas seria uma lembrança já até amarelada.
Minha casa é uma outra casa, pois este ano ganhou um outro ritmo. Um ritmo em que ainda não nos acostumamos a dançar, até que levamos jeito, mas a técnica só vem com o tempo.
Os planos, estes também são outros. Amadurecidos. Práticos. Afinal de contas, tem que ter um caixa no fim do mês pra poder realizar os outros planos. Pueris. Românticos.
Enfim... Houve uma volta pra casa, um novo trabalho, um fim de namoro, os velhos amigos (sempre eles!)...
Está aberta a nova temporada do Blog. Na estréia, nada seria mais cabível:
PAULINHO MOSKA E TUDO NOVO DE NOVO:
"Vamos começar colocando um ponto final
Pelo menos já é um sinal
De que tudo na vida tem fim
Vamos acordar
Hoje tem um sol diferente no céu
Gargalhando no seu carrossel
Gritando nada é tão triste assim
É TUDO NOVO DE NOVO
Vamos nos jogar onde já caímos
TUDO NOVO DE NOVO
Vamos mergulhar do alto onde subimos
Vamos celebrar nossa própria maneira de ser
Essa luz que acabou de nascer
Quando aquela de trás apagou
E vamos terminar inventando uma nova canção
Nem que seja uma outra versão
Pra tentar entender que acabou
MAS É TUDO NOVO DE NOVO
Vamos nos jogar onde já caímos
TUDO NOVO DE NOVO
Vamos mergulhar do alto onde subimos"

quarta-feira, 1 de novembro de 2006

A Fila


Há dias que eu dizia pra todo mundo que ia madrugar no Palácio das Artes pra comprar o ingresso do Chico. E todo mundo reagiu achando tão absurdo, que eu acabei me permitindo dormir até às 8.30... Não poderia ter escutado ninguém, deveria ter levado em conta o mau gosto musical das pessoas (que me perdoem, heheheh)!!
Umas 9.15, desço eu do ônibus, e quando me aproximo da Afonso Pena me deparo com aquilo: uma fila de dois quarteirões pra comprar os ingressos, e a bilheteria só abriria às 10. Juro que tive vontade de chorar!!!
Mando mensagens para mamãe e para o namorado, só pra desabafar mesmo, dizendo que eu era a ultima de um fila de dois quarteirões e que ver o Chico de perto estava ficando meio complicado. De volta, recebi incentivos: "Não desista, vale a pena". E lá fiquei, com apenas um Tagifor C no estômago pois como acordei tarde nem deu tempo de fazer nada.
Às 10.30 recebo reforços, Luciana e Daniel (só tinha avançado 7 passos, mais ou menos, até então). E os amigos se assustaram, a fila ja era de 3 quarteirões!!
Gente de todo o tipo, de todas as idades, lendo jornal, estudando, batendo o papo, fingindo que dava pra levar numa boa aquela monstruosa espera que se apresentava.
Engraçado era ver as pessoas que passavam por lá, com caras pasmas e de interrogação. Acho que o rapaz que estava na minha frente tinha cara de informações, todo mundo só perguntava pra ele, coitado: "Pra que é essa fila?" "É pro show do Chico Buarque" "Aaaah, é de graça?" "Não, tem ingresso de até 140 reais" "Aaaaa, é hoje?" "Não, é só em dezembro!!" "Hummmm..."
Quase duas horas da tarde, chegamos na esquina. Uma vitória. Mandei mais mensagem pra Belém pra dizer que eu ja estava entrando no primeiro quarteirão! Morta de fome. Acabaram todos os salgados da lanchonete do supermercado ali perto. Não se prepararam para abastecer a fila. Arranjei uma empada.
Três da tarde, faço uma brincadeira: "Acho que vamos ter que ir direto daqui pro teatro, nove da noite" (Tínhamos comprado ingressos pra uma peça da Marisa Orth e Murilo Benício). Todos morreram de rir. Mal sabíamos...
Luciana desiste logo depois das três. Eram muitos os boatos de que a meia entrada já havia acabado, continuávamos na esquina (nenhum passo a mais), cada pessoa podia comprar 10 ingressos (!!!!!), tava um sol de rachar e todos os velhinhos podiam passar na nossa frente. Realmente ir pra casa era uma solução bastante sensata.
Seis da tarde, eu e Daniel, já cheios de amigos na fila, começávamos a desanimar. Os velhinos não paravam de chegar. Todo mundo da fila buscando seus avós em casa pra comprar ingressos. Confusão. Indignação do povo que dormiu em frente ao Palácio e tinha que assistir tudo quanto é maior de 60 anos de Belo Horizonte passar na frente, comprar 10 ingressos e depois de um tempo voltar para mais 10 ingressos na maior cara de pau!
Passa um infeliz com um megafone dizendo que a bilheteria ia fechar oito da noite e que eles venderiam ingressos pra todos que já estivessem dentro do Palácio (só em sonho pra nós que há horas não dávamos um passinho pra frente) e que distribuiriam senhas para voltar no dia seguinte se sobrasse ingressos.
Definitivamente, precisávamos de um maior de 60 anos!!!
No final das contas, tivemos que nos render à malandragem oficial, infelizmente e envergonhadamente (juro!!!).
Às sete e meia da noite, 10 horas depois, nossos ingressos estavam em mãos (nas mãos da redentora mãe do Daniel).
Bolhas nos pés. Dor de cabeça. Dor nas costas. E ingresso pra ver o Chico na platéia 1 do Palácio.
Viva o Chico!
Morte ao Palácio das Artes!

segunda-feira, 30 de outubro de 2006

segunda-feira, 23 de outubro de 2006

Musiquinha para aniversário de namoro



O Amor É Filme
(Cordel Do Fogo Encantado)

O amor é filme
Eu sei pelo cheiro de menta e pipoca que dá quando a gente ama
Eu sei porque eu sei muito bem como a cor da manhã fica
Da felicidade, da dúvida, dor de barriga
É drama, aventura, mentira, comédia romântica

Um belo dia a a gente acorda e hum...
Um filme passou por a gente
E parece que já se anunciou o episódio dois
É quando a gente sente o amor se abuletar na gente
Tudo acabou bem,
Agora o que vem depois

O amor é filme
Eu sei pelo cheiro de menta e pipoca que dá quando a gente ama
Eu sei porque eu sei muito bem como a cor da manhã fica
Da felicidade, da dúvida, dor de barriga
É drama, aventura, mentira, comédia romântica

É quando as emoções viram luz, e sombras e sons, movimentos
E o mundo todo vira nós dois,
Dois corações bandidos
Enquanto uma canção de amor persegue o sentimento
O Zoom in dá ré
E sobem os créditos
O amor é filme e Deus espectador!

Gentalha! Gentalha!!! (by Kiko)

(Notícias vindas do Pará)

Ô gente.. O quê que é isso???
Assim onde é que vamos parar???
E não é que roubaram a pasta do velhinho!!!!
Eu, hein!!

quinta-feira, 12 de outubro de 2006

Círio

Um amigo mineiro perguntou o por quê de querermos (nós, paraenses em BH) tanto ir pra Belém no Círio.
Na hora, acho que não consegui fazê-lo entender.
Podia dizer que era o nosso Natal, mas não seria o bastante.
Podia dizer que dava uma sensação de casa mais que tudo, mas não seria o bastante.
Podia explicar que não são exatamente 2 milhões de católicos nas ruas, mas 2 milhões de pessoas envolvidas por essa coisa que eu tento explicar pra ele e não consigo dizer o que é.
Podia explicar a aura de paz que cobre as nossas casas, e ainda assim, não sei se seria o suficiente.
Podia dizer que é um dos momentos máximos da nossa cultura, muito além das religiões.
Contar pra ele das dondocas e dos sobrenomes da cidade ajudando as pessoas, distribuindo água, piedade, solidariedade.
Falar pra ele da metáfora de que somos todos iguais na loucura que é a famosa "corda": preto, branco, gordo, magro, rico, pobre - todo mundo junto, apertado, sofrendo de calor, pisando no pé, e feliz da vida de estar lá.
E ainda dos adolescentes (aqui também entram ricos, pobres etc) que se recrutam voluntariamente na Cruz Vermelha, mesmo que para alguns, este seja o momento máximo de proximidade com a igreja, seja por estarem pagando uma promessa, seja pra passar no vestibular, ou simplesmente porque está super na moda ser da Cruz Vermelha no Círio.
Tudo isso ainda não me satisfaz como resposta àquela pergunta. Falta explicar justamente aquela coisa que acontece com a gente, como se a cidade ficasse envolta numa bolha de boas energias, se é que isso é possível...
Ah, querido amigo mineiro, o Círio seria mais ous menos tudo isso e esse algo a mais que não me vem.
Uma energia boa imensa que... sei lá!
Então, eu que um dia ergui a bandeira das palavras, me rendo aos poderes da imagem...
O Círio é isso:

segunda-feira, 9 de outubro de 2006

Ai, ai...

Não há palavras.
Como explicar as sensações?
Lembro que havia uma vontade desenfredada de abraçar todo mundo!

domingo, 1 de outubro de 2006

Adoooooooro Doces Bárbaros!


Hoje assisti o filme/documentário sobre os Doces Bárbaros. A turnê que fizeram em 1976. Uma época em que a Gal Costa tinha um corpão, a Maria Bethania usava bustiê, o Ministro um colã branco do pescoço aos pés, e o Caetano... bom, esse nem mudou tanto assim...
Mas o que importa é que adoreeeeei assitir!!!! Pérolas atrás de pérolas.
Nosso Ministro sendo preso por porte de maconha, isso nem é nada de mais. Espetáculo é o delegado que o prendeu narrando como ele reagiu à voz de prisão: "Ah é? Tudo bem...". Melhor ainda é o julgamento: o promotor dizendo que um importante cantor da música popular brasileira era viciado na "erva maldita" (iuhaiuahiuahiuahiuahiuah), e o Gil lá todo prendendo gargalhadas, hilário! Sem falar que em seu depoimento disse que a maconha lhe ajudava na "introspecção mística". Adooooro o Ministro!!!
Outro ponto altíssimo é uma entrevista com a Maria Bethânia no camarim, antes do show, enquanto se maquiava e tomava whisky. Pobre repórter, patadas e patadas para perguntas mal formuladas. Sarcástica, irônica e mau humorada. Uma Maricotinha que eu não conhecia... e adorei conhecer, hehehehe.
Aliás, desde que cheguei do Palácio das Artes que procuro pela internet essa entrevista, portanto, se alguém de repente souber por onde encontro, por favor!

terça-feira, 26 de setembro de 2006

Clichê


Clichê bom é chegar na esquina da Ipiranga com a Avenida São João e se deparar com Demônios da Garoa tocando Sampa.
Coisa boa hein?!?
Melhor ainda é viver esse cartão postal com amor e com amigos.
"Quás quás quás quás (...) Não posso ficar mais nenhum minuto com você..."
Muitos choppinhos, muitos choppinhos!
Subindo ali, tem uma menina cantando jazz e mpb. E canta, viu?!!! A banda com ela, boa demais. Lembro que alguém tirou foto com o Sr. Baterista e disse a ele que era o Ed Motta depois da cirurgia do estômago. Acho que ele não curtiu... Mas foi só puxar um papo sobre Milton Banana e ficou tudo bem. Quanto à menina, a que bem cantava, se despediu dizendo para que comêssemos pato no tucupi por ela, era nossa vizinha de Manaus.
Pra terminar: Pernil com queijo no pão careca, lá no Estadão. Mas o Seu Geraldo Alckmin come lá, aí o Sávio não come. Onde é que o Lula come??

terça-feira, 12 de setembro de 2006

Reencontro


Posso dizer que passei quase a metade de minha vida dançando. Foram 10 anos de dança com muita paixão. Tal como aqueles amores mal resolvidos, ainda passei uns dois anos tendo recaídas, "ficando" como se diz hoje em dia.
Com a dança, ou pela dança, construí grandes amizades, fiz viagens maravilhosas, vivi histórias engraçadíssimas, lapidei meu gosto musical e arrecadei muitos hematomas.
Um amor daqueles difíceis de superar. Pudera!
Em todos os "reencontros" era uma choradeira, uma choradeira, uma saudade doída... O melhor era evitar ver mesmo, cortar relações, deixar pra lá, o que os olhos não vêem... Mas não dava! Era saber onde estava, lá estava eu, olhos marejados, uma saudaaaaade.
Mas é assim mesmo que acontece: outras responsabilidades, cistos no joelho, vestibulares, e aquele grande amor da vida fica lá atrás, guardado em lembranças e fotos.
É claro que ficou, por muito tempo (e não é assim com amores mal resolvidos???), aquela esperançazinha de, quem sabe, um dia, de repente, eu posso voltar... Ainda que a vida prove por A + B que não é isso que acontecerá e que o sonho de ser bailarina (acorda!), é coisa de criança!!! Imagina, viver de dançar, onde já se viu?
Enfim. Ontem, muitos anos depois, tive um reencontro. E dos bons! Fui assistir o espetáculo (e que espetáculo!) do Grupo Corpo no Palácio das Artes.
Um nervoso antes de começar, já que não ficaria nada bonito pra minha cara abrir o berreiro rodeada de pessoas desconhecidas, sem ninguém pra segurar a minha mão...
Mas as sensações foram ótimas! O amor da aspirante à bailarina, este aquietou-se. Os olhos ficaram marejados sim, mas por causa de um outro amor, o amor da espectadora, que agora sabe admirar e se emocionar, quietinha lá da platéia. Sem saudades doloridas. Só a contemplação. E isso agora lhe basta!

sábado, 2 de setembro de 2006

É de verdade!


Como muitas coisas tem sido ultimamente, esta começou pelo orkut.
Quando um belo dia, lá pelos idos do mês de maio ou junho, entrei de cabeça na comunidade "Quero um show do Chico Buarque", e fuçando por lá encontrei pessoas que demonstravam ter informações seguras sobre um possível show do moçoilo dos olhos azuis.
Acompanhei diariamente essas pequenas notícias virtuais, cheia de esperança, mas ao memso tempo sem acreditar, no fundo, no fundo, que seria verdade.
Há alguns anos atrás já havia decidido que, onde quer que fosse, quanto fosse, se o Chico fizesse um show, eu estaria lá! Afinal de contas, sabe-se lá se haverá outra oportunidade... Não que eu esteja matando antecipadamente a unanimidade brasileira, mas vai que ele resolve só querer jogar sua bola no Politheama, ou se especializar em seus affairs com mulheres casadas em plena praia de Copacabana... E convenhamos, apesar de ser o Ricardão mais tolerado pelos maridos e namorados brasileiros, ele não é mais nenhum rapazote!
Notícias confirmadas. Ingressos comprados. Passagens compradas, Hotel reservado. Rumo ao Chico Buarque... ai que frio na barriga (nervoso!!!!).
Peço licença aos parcos leitores, é provável que neste blog só se fale em Chico Buarque por um tempo. Quem me conhece entenderá, quem não conhece, tentarei explicar!

quarta-feira, 30 de agosto de 2006

É lindo ou não é?

Digam, querido amigos, se afinal não tenho razão em dizer que Amarante é, de fato, lindo por demais!?!?!?!

quinta-feira, 24 de agosto de 2006

Inverno??? Que inverno???


Lembro de um dia alguém ter me dito que agosto seria o mês mais frio aqui em Belo Horizonte.
Há controversias. Eis uma terça-feira de muuuuito sol e muuuuito calor. Em agosto. No Inverno. No mês mais frio!
Depois, é na minha terra que não tem estação de ano!
Piscina, sol e amigos... adoro esse inverno de BH!

segunda-feira, 14 de agosto de 2006

Inventário de férias







Ô coisa boa que é esse negócio de Belém do Pará! Por quê???
Porque lá tem um quarto azul liiiiindo que me abraça quando eu chego.
Porque lá tem carangueijo no toc toc (toda quarta-feira) - acho que se passasse uma semana a mais, ia voltar pra BH andando de lado.
Porque lá tem uma super turma de amigos que jogam (e se jogam, e me jogam) futebol de sabão.
Porque lá tem um pai que resolveu virar chef de cozinha e me faz O Tucunaré no Saco.
Porque lá tem um bando de Guimarães maluco que viaja junto e faz a gente morrer de rir.
Porque lá tem sushi no supermercado.
Porque lá tem Salinas todo final de semana.
Porque lá tem Orquestra Imperial na Praça do Carmo, sem o Amarante, mas com muitos amigos e todas as gerações da família.
Porque lá tem café da manhã com o sogro (vergonha), tem almoço super lotado de visitas (saudade), tem bolo da Dona Arlete pra depois, tem jantar no La Traviatta depois do cinema de domingo...

Como diria Ceumar: "Lá onde os pés fincaram alma, lá onde os deuses quiseram morar. Lá, um desejo. Lá, nossa casa, lá..."