terça-feira, 24 de maio de 2011

E se...?

- O que eu faço com a minha saudade? Dobro e guardo no bolso?
- Teu pijama tem bolso? Porque tenho um pijama que tem bolso e nunca entendi pra que servia. Acho que descobriste.
- Não vejo utilidade melhor.
- E se ao dobrar a saudade, a saudade dobrar?

Talvez nós tenhamos descoberto a serventia de um bolso no pijama.
Será pra dobrar a saudade e guardar ali antes de dormir?

Tem saudade dobradinha que nem Origami. Colorida e com cheirinho nostálgico.
Tem mesmo! Mas também tem saudade bolinha de papel com chiclete grudado dentro.
Saudade grudenta, preguenta, que vai e volta, mancha, faz sujeira...argh!

E se esquecer a saudade no bolso e pôr o pijama pra lavar?
Será que saudade desmancha na água?
Se bem que a saudade já é mesmo meio molhada...

E se a saudade dobrada, redobrada e molhada, criar vida própria e se desdobrar por aí?
Levemos a saudade para passear!



*Este post foi escrito a muitas mãos, via facebook, com a colabaração de Luana Oliveira, de Gilda Ribeiro e de Rafael Guedes que teve um ataque de fofura e disse que leva a saudade que sente da gente no bolso d´uma bermuda de usar no sítio. =)

Um comentário:

Gilda e Manuela disse...

olhe que Adriana Falcão não teria escrito melhor do que os saudosos que tiraram as mãos dos bolsos para falar do peso de seus papéis dobrados em tantas vezes quantos anos de vida nós temos...
eu sinto que vivo desde sempre carregando esses papéis...