Amigo bom, é amigo velho.
Não que não seja maravilhoso fazer amigos novos. Mas é que ainda tem tooooodo um procedimento complexo de compatibilização de gostos, aquisição de intimidade, construção de histórias pra contar, enfim, uma burocracia (que vale a pena, é claro, mas uma burocracia).
No quarto azul se reúnem amigas velhíssimas de tão velhas. Média de 15 anos de amizade, umas mais, outras menos.
Um milhão de causos entrelaçados, de risos exagerados, de choro compartilhado. E o bom amigo velho, adooooora repetir as histórias de antigamente. Como se não tivéssemos vivido todas tudo aquilo, repete-se tudo com todos os detalhes, e a sensação é de uma saudade boa e uma gratidão tamanha só por estar ali.
O amigo velho, ocorre com frenquencia, vai pra longe. Muda de cidade, muda de estado (civil), muda de país, muda de gosto, muda de humor...É o lado ruim do amigo velho, há que se fazer uma força estupenda pra não deixar os laços se afrouxarem. Acaba-se aceitando um namorado mala, acaba-se fazendo um programa de índio, acaba-se topando um papo estranho, acaba-se comprando uma passagem aérea. Por quê? Porque vale a pena.
Isso não é um manifesto contra as novas amizades, de jeito nenhum. Mas há melhor forma de fazê-las pegando emprestado e adquirindo dos amigos velhos? Duvido!
Meus velhos amigos, amo vocês.
Meus novos amigos,nos tornaremos amigos velhos.
2 comentários:
O texto é velho, como os amigos, mas muito apropriado para este momento em que o quarto azul, o da vida real, tem amigo velho saindo pelas culatras!
Curti e concordo com vc, amigo velho é tudo de bom!!
Agora mudando de assunto, eu acho que conheço vc daqui de belcity!!
Bjs de qualquer modo!!
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