segunda-feira, 28 de março de 2011

Recadinhos de concurso

Alô você que chega antes dos portões abrirem e fica sentado na rua com cara de coitado lendo apostilas do tamanho da Bíblia. Sério. Não dá mais tempo.

Gurias dos cabelos longos, por favor, etiqueta de concurso: coque ou rabo de cavalo. As cadeiras são super coladas umas nas costas das outras e já tenho muitas coisas com quê me preocupar. Não mereço o passeio do cabelo de vocês pelo meu caderno de prova enquanto me concentro na leitura das benditas questões.

Instituições, entendam. É fisicamente impossível caber a bolsa de uma mulher nos sacos plásticos fornecidos. Cabe celular, cabe chave de carro, cabe relógio digital. Ok. Mas a bolsa inteira não, né? E também não cabem, as bolsas, em baixo das carteiras, naquele parco diâmetro de espaço. Acompanhem a moda, as bolsas estão cada vez maiores. Gigantes. Arrumem aqueles sacos de lixo, sei lá. Ou proíbam que se levem bolsas. O que não dá é pra ficar discutindo com as Maricotas esse tipo de fricote enquanto estou com os nervos a flor da pele.

Fiscais, pasmem, nós sabemos ler. Ler as instruções da prova (que podíamos ler sozinhos e em silêncio) duas vezes em voz alta não faz nenhum sentido. É como se vocês fossem aeromoças fazendo aquelas coreografias de saída de emergência e "máscaras cairão sobre as suas cabeças". Nós não estamos prestando atenção e estamos muito mais interessados em decolar e chegar. E quem não ler ou passar batido alguma informação... problema. Não é uma questão do avião cair e o ser humano morrer. Vai ser só mais um concurso em que não passou e pronto. Próximo.

Quem acorda e sai de casa pra fazer uma prova e não tem UMA caneta esferográfica preta de "corpo" transparente não vai passar no concurso. Simples assim. Ninguém deveria nem se dar ao trabalho de emprestar.

Concorrentes, queridos, me expliquem, por favor porque eu não consigo entender de jeito nenhum. Como é que se faz pra responder 100 questões objetivas, escrever uma redação, ir no banheiro duas vezes e fazer piquenique, tudo isso em 4 horas? Eu mal consigo levantar o pescoço e o povo lá, entrando e saindo, comendo barrinha de cereal, chocolate, club social, tomando refrigerante, suco, água. Qualquer dia desses vão levar pipoca, pedir pizza. E eu lá, sem nem levantar o pescoço.

Por ora, é isso.

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